sexta-feira, 1 de julho de 2011

blog pouco actualizado

Como devem ter reparado nestes últimos tempos, o blog tem sido pouco actualizado e não se prespetiva uma grande melhoria nos próximos tempos.

Isto porque estou a integrar a equipa redactorial do site futebolportugal.com e que me retira tempo para poder actualizar o blog como toda a gente gostaria.

Veremos como serão os próximos tempos, mas esperemos que melhore. Desde já as minhas desculpas a todos.

domingo, 12 de junho de 2011

Fary é reforço do Boavista para 2011/2012


O Senegalês Fary Faye é o primeiro reforço do Boavista para a nova época. O avançado de 36 anos, com reconhecidas passagens pelo Beira-Mar e pelo Bessa vem ajudar a equipa, na tentativa de regresso aos nacionais.
Fary foi o melhor marcador do campenato português na época de 2002/2003, ao serviço do Beira-Mar, tendo assinado pelo Boavista na época seguinte e onde esteve cinco épocas consecutivas.
"Farygol" será um reforço de peso para os axadrezados e também um atleta conhecedor do clube.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Filipe Falardo: "conseguimos o nosso objectivo"


O Atlético é o mais recente clube profissional para a nova época. O clube lisboeta assegurou a subida aos campeonatos profissionais depois de duas vitórias consecutivas no playoff, frente a União da Madeira e Padroense, este último, com quem tinha perdido fora por esclarecedores 4-1.
35 anos depois da última participação em escalões profissionais, o clube volta à ribalta do futebol, numa época em que dominou a sua série de principio ao fim.
O 'Fintar a Bola' falou com Filipe Falardo, atleta do Atlético, que se transferiu em Dezembro para a formação lisboeta e que diz ter sentido um grande apoio por parte dos lisboetas: "Senti de facto um grande apoio por parte de todos os lisboetas e não só, pois muitas pessoas desta zona do país ansiavam por mais uma equipa nos campeonatos profissionais."
Em relação ao primeiro jogo dos playoffs, em que o Atlético perdeu em casa do Padroense, Filipe considera o encontro "atípico". "Todas as equipas têm jogos atípicos e aquele foi um deles, fomos a perder por 1-0 ao intervalo e depois em 10min sofremos 3 golos. Após reflectirmos sobre esse jogo, voltamos a concentrar-nos no que importava que era trabalhar mais forte e conseguir ganhar os jogos em casa. Felizmente conseguimos o nosso objectivo com a união de todo o plantel e com o apoio de todo o público."
Numa fase em que três campeões de séries disputam duas vagas de promoção, o Atlético é o primeiro a carimbar a subida, restando apenas uma vaga para dois clubes. Para o médio lisboeta "não faz sentido" este modelo.
"O Atlético esteve desde a 1ª jornada em 1º lugar na Zona Sul da 2ª Divisão. Uma equipa que ganha a sua série devia subir directamente, não faz sentido nenhum que uma das equipas que vença a sua série, não ter o direito de subir para os campeonatos profissionais. Espero sinceramente que reformulem este modelo da II Divisão o mais depressa possível."
Depois do sucesso da época, já está confirmada a saída do técnico António Pereira a quem Filipe deseja o maior sucesso: "É com muita pena que vejo o mister António Pereira sair do Atlético após este feito histórico. Foi um treinador que me deu a mão e me ajudou numa altura fulcral da minha carreira. Foi uma decisão pessoal e desejo-lhe o mesmo sucesso que este ano conseguiu ter. Espero poder voltar a trabalhar com ele um dia."
Com a subida já garantida, o Atlético pode também sagrar-se campeão da II divisão, no último encontro, frente ao União da Madeira

terça-feira, 24 de maio de 2011

Hélder Calvino: " Fomos uns justos campeões"


Na III divisão, série C, o Cinfães fez história, esta época. O clube cinfanense conseguiu, pela primeira vez nos seus 80 anos de história, o título de campeão e a consequente subida de escalão.
Apesar de na fase regular o Cinfães ter ficado na segunda posição, no playoff a equipa foi mais forte que a concorrência e arrecadou o primeiro lugar, numa altura em que falta disputar a última jornada.
O 'Finta a Bola' falou com Hélder Calvino, peça chave na equipa, desde que trocou Vila Meã por Cinfães, no mercado de inverno. O médio fala de uma equipa confiante, a quando da sua chegada em Dezembro. "Sim o espirito era de uma grande confiança no valor do plantel e ciente que era a melhor equipa da série e claro, a subida era o objectivo."
O S. João de Ver foi o principal adversário  neste titulo, mas para Calvino, "fomos [Cinfães] a equipa mais consistente":
"O S. João de Ver tem um boa equipa e na minha opiniao era a única equipa que jogou sempre de igual para igual connosco, porque as outras equipa fechavam-se e jogavam só no nosso erro. Mas fomos justos campeões porque fomos a equipa mais consistente ao longo do campeonato."
A qualidade defensiva da equipa não passou despercebida e isso é visível no reduzido número de golos que a equipa sofreu, principalmente na fase final. "Costumo dizer que a defesa começa no ataque. Mas tem razão, temos uma defesa que ao longo da epoca foi sempre 'certinha' e consistente, que permitiu a equipa estar tranquila do meio campo para a frente."
Sobre o futuro, o médio de 26 anos, prefere jogar à defesa. "O campeonato ainda não acabou, temos que saborear o grande campeonato que fizemos. Ainda é cedo para falar disso, só o tempo dirá se vou continuar ou não"
No próximo domingo, o Cinfães desloca-se a Alpendorada para fechar com chave de ouro a época de 2010/2011.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Thiago Schmidel: "Jogar na primeira liga é um sonho"

21 anos depois, Feirense regressa à primeira liga

Santa Maria da Feira foi local de festa por estes dias e o motivo não é para menos. O Feirense garantiu este fim-de-semana a promoção à primeira liga de futebol, depois de bater na vila das Aves, a formação local por duas bolas a zero, com golos de Nuno Henrique.
A equipa nortenha militava na liga de honra pela oitava época consecutiva, tendo vindo em crescendo gradualmente nas últimas épocas e que esta temporada alcançou o sucesso.
O blog 'Fintar a Bola' falou com um dos indiscutíveis da "Feira", o médio Thiago Schmidel que se revelou "muito feliz" pela conquista do título, no seu ano de estreia em terras lusas."É verdade. Graças a Deus que tem me abençoado desde que cheguei em Portugal. Sempre acreditei que as conquistas se conseguem com muita determinação, perseverança e trabalho. Eu agradeço as pessoas que confiaram no meu trabalho, minha família, noiva e amigos. Estou muito feliz com essa conquista no meu 1o ano cá em Portugal, e quero ser campeão para coroar essa consagração."
Questionado sobre a diferença entre o Feirense e os restantes adversários, o médio revela que um espírito vencedor de equipa foi fundamental para o primeiro lugar:  "Todos sabem que o Feirense nunca foi a aposta para a subida ao escalão maior do futebol português. Acredito naquela frase que diz: O que não mata, fortalece. E a medida que não nos credenciavam os méritos por cada vitória, focamos somente no Feirense, no grupo de trabalho, nas nossas ambições próprias, e procuramos realizar de maneira conjunta um espírito de vencedores para que pudéssemos obter por nossos próprios méritos essa tão desejada conquista."
Falando também a nível pessoal, o brasileiro do Feirense, considera "uma época vitoriosa".
"Posso dizer com certeza que sim. Desde que cheguei, procurei conquistar o meu espaço e vencer a desconfiança de todos que não me conheciam mas a custo de muito trabalho e dedicação. Futebol é minha vida e meu trabalho, e procuro sempre executar o melhor e com excelência para que o sucesso seja uma consequência. Então acredito que foi uma época vitoriosa e espero que seja somente o início de outras
conquistas. Graças a Deus."
Na próxima época, ao que tudo indica será um dos jogadores que irão fazer parte do plantel da equipa nortenha. Sobre a competir na primeira liga, Thiago considera um "sonho" estar entre os melhores.
"Acredito no princípio do contentamento mas sem acomodação. Então jogar 1a Liga é um sonho sim, principalmente para minha família que me acompanha desde pequeno, amigos, será uma satisfação e orgulho para eles me assistirem a jogar no maior escalão do futebol português. Mas gosto de encarar novos e grandiosos desafios, e tenho ambições pessoais a conquistar. Quem não sonha, não vive. E quem vive,
deve realizar o máximo dos seus sonhos enquanto lhe é possível. E o meu, é estar entre os melhores, sempre."
 Esta temporada, o brasileiro de 24 anos, foi umas das agradáveis surpresas do campeonato, já que era um ilustre desconhecido para a maioria dos portugueses. Há pergunta, se pode vir a surpreender ainda mais no futebol português, a reposta é afirmativa.
"Espero bem que sim. Jogar a 2a Liga do futebol português requer algumas virtudes que outras ligas não tem tanto em evidência, como o futebol direto e volume de jogo acelerado, e eu procurei me adaptar a esse estilo de jogo para o bem da minha equipe abrindo mão de outras qualidades que carrego comigo. Jogar a 1ª Liga acredito que vai me permitir executar outras qualidades futebolísticas e quem sabe surpreender mais uma vez os portugueses."
 Na próxima temporada, o Feirense marcará presença entre os grandes do futebol nacional, tendo já assegurado a continuidade do técnico Quim Machado.

Vit. Guimarães 2-6 FC Porto | Opinião


Jogo espectacular, emotivo, com erros, jogadas bonitas e sobretudo muitos golos... De uma final para outra o  que mudou? apenas o adversário....

Tive a curiosidade de ouvir e ler alguns comentários e treinadores, comentadores e "especialistas" sobre este jogo enquanto uma final atípica em Portugal. A opinião para grande parte é mesma: a audácia do Guimarães em jogar olhos nos olhos com o Porto foi levada em demasia.

Para mim errado.... esteve mais perto o Guimarães de vencer o Porto, que o Braga, isto comparando estilos de jogos opostos em situações semelhantes, adversário o Porto e numa final.
Neste jogo o Guimarães conseguiu aquilo que poucas equipas conseguiram contra o Porto: profundidade, posse de bola no meio campo adversário e aproveitamento do espaço entre linhas, normalmente bem anulado pela equipa azul e branca. Foram várias as vezes que os extremos vitorianos surgiram com espaço nas costas dos laterais, o problema foi a distância, para a baliza, a que o conseguiram.

No Porto, vários jogadores estiveram uns furos abaixo das suas capacidades. A dupla de centrais esteve muito "tremida" e penso ser um risco que o Porto correu ao juntar demasiado as linhas, proporcionando uma pressão rápida ao adversário. O lado esquerdo esteve igualmente desinspirado a nível defensivo, sendo ultrapassados em vários lances pelos jogadores vitorianos. Targino ganhou várias vezes as costas de Álvaro Pereira e James Rodriguez/Hulk, deixaram sempre o lateral direito subir à vontade.
A vantagem do Porto é a eficácia dos remates... 9 remates à baliza resultaram em 6 golos. Mais uma vez impressionante.

Apesar de tudo o que foi dito atrás, sou da opinião que o jogo foi decidido nas balizas. De um lado Beto, que defendeu o penalty (momento crucial) e seguramente deu a vitória logo aí. Do outro Nilson, com culpas em várias situações.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Liga Europa: Uma final à portuguesa


No final do jogo, André Villas Boas disse estar um pouco triste pelo espectáculo e que o jogo "não representava o que é o futebol português". Ora, é evidente que o jogo foi mau, mas acho que isto é o futebol português na maioria dos estádios, durante o campeonato - a melhor equipa tenta atacar, a outra tenta defender.

Em relação ao jogo, o Braga entrou com um bloco curto, com pressão no seu meio-campo defensivo, tentando depois com 2/3 homens chegar à baliza do porto em ataque rápido. O Porto foi uma equipa que entrou em campo, sabendo de antemão e de forma geral o que o Braga iria fazer em campo e optando por dar profundidade à equipa, com a inclusão dos laterais em situações ofensivas.
Durante o primeiro tempo, pouco há a dizer, até porque o jogo foi mau demais e tão fechado que quase não houve espaço para situações de perigo. Excepção para a arrancada de Hulk pela direita que tira Silvio e Paulo César do caminho e remata ao lado. O golo surge no final da primeira parte, num erro de Rodriguez, ao perder uma bola a meio campo que desequilibrou a defensiva bracarense e Falcão a não perdoar na única vez que esteve sem marcação.
No segundo tempo o jogo foi diferente, fruto da necessidade do Braga de procurar novas formas de chegar ao golo. A equipa minhota entrou com uma pressão estratégica sobre o corredor central do porto (centrais e médio defensivo) e que por pouco não deu frutos por Mossoró. Ainda assim as oportunidades foram raras e nem com uma atitude mais arrojada do Braga, o Porto conseguiu criar mais perigo.
No final, ganhou quem marcou. Fiquei um pouco desiludido com a final, pois não era este futebol que pretendia ver demonstrado aos olhos europeus, mas por outro lado satisfeito pelo destino de mais um troféu europeu.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Campomaiorense "morreu na praia"


O histórico Campomaiorense falhou a subida à III divisão nacional, por 1 ponto e no último jogo do campeonato, quando necessitava de uma vitória para fazer a festa.
A luta titânica pelo título foi com o Elvas, clube campeão e que nunca perdeu com o rival campomaiorense, saldando-se o histórico de confrontos por 3 empates e 1 vitória para a formação de Elvas.
O 'Fintar a bola' falou com Filipe Pacau, avançado do Campomaiorense que revelou a desilusão pelo objectivo falhado, "não foi nada do que nós idealizamos,mas como somos fortes iremos ultrapassar essa adversidade e vamos tentar já na próxima época."
Em relação ao adversário, Filipe revela que "eles [Elvas] foram mais felizes": "eles foram felizes, aproveitaram alguns deslizes nossos, são uma equipa madura, a media de idades deles não foge muito dos 30 anos e nós temos uma equipa jovem com imenso talento. Há que felicitar o adversário."
A nível pessoal, o jovem avançado, lamenta a falta de oportunidades, mas destaca ainda assim os oito golos apontados no decorrer do campeonato. " Os jogos que fiz correram bem, ainda fiz 8 golos. Se calhar poderia ter tido mais oportunidades, mas pronto, o mister é que manda."
Por fim, questionado sobre a sua continuidade em Campo Maior, a resposta é positiva. "Se depender de mim e do mister obviamente que sim".
Findado o sonho, resta ao Campomaiorense preparar a nova época, com vista ao regresso a campeonatos nacionais.

Sporting acaba a liga como deveria ter começado


Esta semana o ponto de interesse do futebol nacional foi o Braga x Sporting, não porque o 3º lugar fosse algum titulo de grande importância, mas essencialmente para percebermos, até que ponto o Sporting ainda conseguiria mostrar o seu verdadeiro futebol. E foi isso que aconteceu...

Na minha visão, esta vitória leonina não passou tanto pelo demérito do Braga, mas sim pelo grande mérito e entrega que o Sporting demonstrou, principalmente com um inicio de jogo avassalador.

A pressão a todo o campo e com a ajuda dos médios na pressão ao portador da bola, levou a muitos erros forçados por parte dos jogadores do Braga.
No caso, Zapater e André Santos foram peças chaves que "mataram" o jogo do Braga nas linhas laterais, não proporcionando contra-ataques rápidos ao adversário, nem um jogo aberto demais e com imenso espaço.
Nas situações de jogo pela zona central, as ordens eram para não deixar virar o avançado, com Carriço a ser o central de marcação e que tinha a responsabilidade de "encostar" no avançado bracarense, obrigando a jogar para trás.

No Braga o destaque negativo vai para o meio campo mais defensivo, formado por Hugo Viana e Vandinho. O primeiro esteve numa tarde não, falhando muitos passes e não apoiando em situação defensiva como seria necessário, enquanto Vandinho teve de correr muito, até porque teve pela frente um Matias extremamente móvel e que desposicionou e desequilibrou a formação bracarense. Positivamente, Leandro Salino e Kaka, como as duas peças que menos erraram e que contribuíram para um resultado pela margem mínima.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Liga Europa: Jogos em casa a fazer diferença


Como não poderia deixar de ser, a vitória do Braga é o grande destaque destas meias-finais em que só deu Portugal.
Em contraste, o Benfica em acentuada queda em termos exibicional, fracassando em todos os momentos em que se exigia experiência e tranquilidade.
Neste encontro, o Braga fez aquilo que se espera e que é "lema" da equipa de Domingos: esperar, dar o jogo ao adversário e depois sair para o atacante sempre apoiado. Quem teve a oportunidade de ver o jogo rapidamente se apercebe que as oportunidades do Braga são criadas em bolas paradas ou em remates à entrada da área e não por situações avançado/guarda-redes.
-É preciso dizer que o mérito do Braga e em muito devido à apatia e falta de jogo dos encarnados, ou melhor dizendo, o meio campo minhoto foi a base desta vitória. Custódio esteve em grande, a defender como habitual, mas a atacar como não é hábito e fruto do péssimo jogo de Carlos Martins, que para além de não organizar o que quer que seja, não foi um jogador com disponibilidade defensiva.
- O lance de golo é facilmente explicável e o mérito vai em grande parte para a forma como a bola é batida. Todos sabem que o Benfica defende as bolas paradas à zona e nesse esquema a parte mais "frágil" é o segundo poste e as entradas dos jogadores vindos de trás (lembram-se de Bruno Alves? marcação individual para evitar essa situação). Uma bola tensa a meia altura, quando passa o primeiro poste e consequentemente Javi Garcia é meio caminho para o perigo, e foi isso que aconteceu.
- Meyong um mau jogo? A nível de participação no jogo sim, mas teve um papel muito importante. Conseguiu levar, quase sempre, os dois centrais com ele e assim permitir a mossoró e hugo viana superioridade no meio campo, sobre Javi Garcia.

Resumidamente, o Braga foi a equipa mais madura no conjunto da eliminatória e provou que é melhor atacar pouco e com qualidade( segurança e simplicidade de processos) do que em quantidade.
O Benfica foi uma equipa, arrisco a dizer, sem uma jogada com principio, meio e fim. Optou grande parte do tempo por uma jogo vertical e sem apoios, esperando que os homens mais avançados resolvessem o jogo. Catalogar a exibição de Martins é falar em inexistência de um Benfica em posse de bola, facilmente visível nas saídas para o ataque.
A Jesus, apenas há a criticar a intransigência em algumas opções, enumerando:
1- Insistência em jogadores, em baixo de forma e que comprometem a equipa de jogo a jogo.
2- Falta de confiança para alterar o esquema da equipa, sabendo que o meio campo estava em clara perda.
3- Má avaliação do jogo do adversário. Neste ponto, Domingos deu-se ao luxo de fazer entrar Kaka, sabendo perfeitamente que Kardec seria o próximo a entrar. Futurologia? Não, antes previsibilidade de Jesus.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Champions | Barcelona e Manchester em reedição de final


Barcelona 1-1 Real Madrid
Em Camp Nou, a noite foi mais de nervos e intensidade, do que propriamente um jogo taco a taco entre os dois "tubarões" espanhóis na competição.
Na sequência impressionante de jogos entre catalães e madrilenos, este foi sem dúvida o encontro em que o Barcelona teve mais espaço e mais situações para construir jogo, também devido à obrigação do Real de ir atrás do prejuízo da primeira mão.
Por outro lado, a ideia de jogo de Mourinho foi muito bem anulada por Guardiola ao antecipar aquilo que o Real iria fazer na partida. Deixo, aqui, algumas notas:
-Puyol à esquerda é a forma que o Barça encontrou para prevenir as entradas de Ronaldo, sobretudo nos cruzamentos de Dí Maria, onde o português realiza sempre boas diagonais vindas de trás, ganhando sempre vantagem no jogo aéreo com o lateral (tal como aconteceu na taça do rei).
-Para além disso, o anular de Kaka no primeiro tempo, foi algo que se evidenciou na manobra do real. Isso foi bastante notório, em situação ofensiva, quando os laterias flectiam para o meio, não havia linha de passe na zona central, devido ao posicionamento do Barcelona. A opção foi quase sempre o lance individual, ou então um passe atrasado para a re-construção do jogo.
-Ambos os golos surgiram em situações de desorganização defensiva e rápidas transições.
-Passagem justa do Barcelona, no conjunto da eliminatória, e parece que com as exibições nesta meia-final a Bota de Ouro em 2011 estará entregue a Messi.


Machester 4-1 Schalke
Old Trafford, foi palco de umas das meias-finais mais desinteressantes, que me lembro, nestes últimos anos. Um "united" em ritmo de treino e com imensas mexidas no onze. Mesmo assim, a superioridade inglesa foi notória e nunca a eliminatória esteve em dúvida.
O Schalke foi e é uma equipa limitada para esta fase da competição. Os erros e o modelo de jogo, fazem-me lembrar o Benfica desta época, em diversos aspectos. As perdas de bola em zonas baixas de construção, transições com perdas em passe curto e utilização sistemática dos laterais no jogo ofensivo é algo familiar aos mais atentos do futebol encarnado. Jurado é um jogador acima da média da equipa, que na companhia de Raul podem resolver jogos. O problema reside no primeiro passe, que sendo errado, deixa fora do lance os avançados e o organizador de jogo (Jurado).
Tudo isto para dizer que o Manchester nunca necessitou de muito esforço para construir o resultado. Bastou aproveitar os erros e espaços dados pelo Schalke e ter sobretudo uma segurança no passe. Aliás, essa é a principal diferença no futebol praticado e nada melhor que um Barcelona - Manchester United, privilegiando a posse de bola.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

II divisao: os playoffs da desilusão


Findo o campeonato, campeões apurados, mas nada mais que isso.... Subida de divisão ainda ninguém poderá gritar, pois haverá um campeão que na próxima época estará no mesmo escalão. União da Madeira, Padroense e Atlético são os protagonistas de mais uma playoff, que levará duas equipas ao futebol profissional. Para os madeirenses é o segundo ano consecutivo que disputam a promoção, ou melhor dizendo, é pelo segundo ano consecutivo que se sagram campeões da série norte da segunda divisão.
O que seria normal, era a subida automática do campeão de série à divisão acima, mas nesta divisão isso não acontece, sendo a única liga, em Portugal, em que ser campeão não representa motivo de festa. O que se dirá a uma equipa como o União da Madeira, se esta época não conseguir a subida? Ser bi-campeão, com mais de 10 pontos de avanço sobre o segundo classificado, em ambos os anos, não será motivo por si só de mérito?
Enfim, quem quer que seja o clube não promovido, o certo é que este modelo de competição tem de ser urgentemente revisto, pois não beneficia em nada a verdade desportivo e acaba por retirar mérito à época de um clube campeão.
Funchal, Matosinhos e Lisboa... três cidades dos três clubes à procura do "sonho" profissional.

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Uma final (europeia) portuguesa para inglês ver


Será mais uma promoção, ou não, do futebol português, para todo o mundo ver e "saborear" um provável clássico na final da Liga Europa. Falarei em primeiro lugar do Benfica-Braga, pois foi o encontro que acompanhei em directo.

- Para nós(portugueses) foi mais um jogo, normal, para o que tem sido o futebol destas duas equipas ao longo da temporada, mas tive a curiosidade de verificar a opinião dos estrangeiros ao ver um jogo que bem poderia ser da liga nacional. A primeira coisa em que reparam, é na pouca troca de bola e posse no meio campo de construção de ambas as equipas. Um jogo mais directo e de contra-ataque, muito diferente do que ingleses e espanhóis estão habituados a ver nos seus países.
Ainda assim, as opiniões são unânimes. O jogo no primeiro tempo foi pouco jogado e com muitas perdas de bola e zonas baixas de construção, já no segundo tempo um jogo mais aberto, com golos, mais entretido e com mais futebol e menos perdas de bola.
- Domingos analisou facilmente o que se passou em campo. No primeiro tempo, o Braga a ver jogar e muito retraído, a acusar a meia-final e o peso da final no horizonte. Mas também penso que Domingos não arriscou tudo, ou não deu ordens à equipa para o fazer e isso percebe com a opção de Hélder Barbosa no banco e com a entrada de Kaka, confiando no jogo da "pedreira". Mossoró ainda entrou para tentar dar mais mobilidade ao sector ofensivo, mas muito pouco para chegar a situações de verdadeiro perigo.
- Nota negativa para Jesus, apesar da vitória. É incompreensível a insistência em Roberto que vai comprometendo a equipa em lances perfeitamente escusados. O golo é um exemplo de displicência do guarda-redes encarnado, que se coloca ao segundo poste, sem que esteja qualquer jogador a proteger o poste. Outra situação, é a nova opção de jesus, que no final dos encontros opta por um duplo pivot defensivo, mas que ainda está muito mal entrosado e que praticamente limitam-se a fazer uma ocupação posicional do espaço , fazendo duas linhas de dois homens (2 centrais e 2 pivots), que sinceramente ainda não me convenceu.

Destaques individuais (Braga):

Sílvio: Um "senhor" jogador quer na esquerda, quer na direita. Intensidade, competência tática e bom remate. Beneficiou em ter Carlos Martins por aquela zona e foi um dos melhores no global da equipa.

Salino: Um incansável do meio campo. A jogar na extrema, a trinco, a 10, enfim.. uma mão cheia de funções e a mesma intensidade e rendimento em todas elas. É evidente que na linha perde algum vigor táctica, mas no centro do terreno é sempre um combativo e não dá uma bola por perdida. Um jogador que não jogando se sentirá a falta dele.

Destaques individuais (Benfica):
Aimar: Sem dúvida, o jogador mais neste encontro. Não aguenta 90 minutos? Acho isso uma desculpa, pois quem joga com aquela intensidade, pauta o jogo e faz sprints com a bola nos pés com aquela qualidade, tem de ser titular.

Coentrão: Já alguém imaginou o benfica sem Coentrão? parece que ainda não.... É um jogador a fazer a diferença e com uma capacidade de antecipação e pressão acima da média da equipa.
Uma verdadeira ameaça nos rasgos pelo corredor esquerdo e quando acompanha o ataque causa sempre desorganização na defensiva contrária.


Em relação ao Porto , não me vou adiantar muito, pois apenas vi um resumo alargado do encontro, não dispondo de todos os dados para o fazer.

De realçar a excelente recuperação do Porto e a  capacidade da equipa em conseguir adaptar-se ao jogo do Villareal. É seguramente um resultado que não deixa margens para dúvidas e que permite um jogo tranquilo em Espanha, no próximo jogo.
Nota também para Falcão. É um avançado como poucos, a jogar na área. De cabeça é quase uma eficácia total e com um sentido de oportunidade raro de ver num avançado. 30 milhões parece um valor barato para a equipa que adquirir o passe, que na minha opinião não passará deste mercado de verão.
Ainda assim, dizer que o Porto poderia ter ido para o intervalo a perder por mais de um golo, pois o lado direito do ataque do Villareal foi um verdadeiro quebra cabeças para Álvaro Pereira, que fez um primeiro tempo com muitas falhas. Ainda assim o estilo de jogo do Porto viria a superiorizar-se aos espanhóis, que fizeram aquilo que não se deve fazer diante do Porto: espaços e possibilidades de contra-ataque. E o resultado esta à vista, em 5 remates de Falcão, 4 golos...

terça-feira, 19 de abril de 2011

O clássico a "segunda linha" encarnada

Uma partida, que ao campeonato diz respeito, pouca relevância tinha, mas existem nesta altura objectivos secundários que passam a merecer relevância na motivação dos atletas. No caso do Porto o objectivo de terminar o campeonato sem derrotas é o factor mais que suficiente para jogar sempre em alta rodagem, como se viu neste clássico. No outro lado da barricada, a equipa leonina, continua a redefinir objectivos, pois mesmo o que parece simples acaba por ser complicado. Ineficácia e inconsistência defensiva atiram o Sporting para a Liga Europa.
No que ao jogo diz respeito, apenas queria constatar o seguinte facto, e que parece-me o mais interessante do encontro:


Torsiglieri - 1.90cm
Evaldo - 1.85cm

Polga - 1.84cm
Falcão - 1.77cm

Olhando para estes dados físicos, é incompreensível que o avançado do Porto tenha ganho a maioria dos lances aéreos na e com o Sporting em defesa organizada. Isto revela uma grande falha no ataque á bola e no posicionamento dos defesas. Falcão ganhou confrontos nas costas do defesa, em antecipação e na capacidade de reacção durante todo o encontro, sem que a defensiva do Sporting conseguisse resolver as situações.

As "reservas"

Já me referi a este assunto em posts anteriores, mas vou aprofundar um pouco mais, pois será o a equipa do Benfica que irá jogar até final de época.
É evidente que trocar onze jogadores de um jogo para o outro é um risco enorme, em termos de resultado e dinâmica da equipa, mas é também uma prova de confiança no plantel, se bem que em alguns casos está a servir para criar mais instabilidade e insegurança no atleta.
É interessante ver César Peixoto no meio-campo, sem adaptações, a fazer bons jogos, apenas pecando na intensidade da pressão que não consegue efectuar, mas a provar ser uma boa alternativa para uma zona central mais posicional e menos vertical.
No entanto, o sector mais afectado e com mais perdas em relação ao titulares é indiscutivelmente a defensiva. Sidnei perdeu a titularidade para Jardel e parece que nem em partidas mais acessíveis consegue assumir a liderança do sector recuado encarnado, sendo o jovem Roderick a merecer lugar de destaque no meio dos "grandes"... sem dúvida um futuro titular.
Deixo desde já um alerta para a posição de lateral esquerdo. Com a mais que provável venda de Coentrão, a equipa do Benfica parece destina a investir para a posição, pois Carole ainda está muito "verde" na posição, apesar de o considerar um jovem com valor.

terça-feira, 12 de abril de 2011

Jornada: A rotatividade e a Europa

Comecemos pelos primeiros, ou seja, pela rotatividade de Porto e Benfica. Antes de mais, dizer que não sou a favor deste tipo de rotatividade, pois retira a identidade da equipa e do futebol que estão habituados a jogar. É nestes momentos que se vê a diferença entre o treinar e jogar juntos, que implica quase sempre perdas de pontos a menos que os golos sejam obtidos de bola parada, um dos aspectos em que a diferença é menos evidente.
Este tipo de rotatividade diminui em muito o favoritismo da equipa e faz com que os resultados não esperados, passem a ser normalíssimos. Na minha opinião, deve ser feita uma gestão de plantel, que não interfira com o modelo de jogo da equipa e principalmente com a intensidade de jogo.

Porto e Benfica realizaram alterações no onze e o número de mudanças ditou os resultados obtidos. Nos azuis e brancos, o caso mais notório foi o meio campo com (Souza, Moutinho e Micael). As posições estavam lá, mas as características dos jogadores não são combináveis automaticamente, sendo que Fernando é muito mais posicional que Souza e Micael tem mais propensão para assumir jogo do que Guarin. Ainda assim. com meio campo diferente e com dois laterais mais posicionais o Porto conseguiu vencer.
O Benfica fez a chamada revolução.... É certo que a qualidade dos jogadores encarnados era maior que os da Naval, mas os automatismos e movimentações não estavam incutidas em nenhum sector. Arriscaria a dizer que a equipa de juniores teria uma ligação entre sectores muito mais eficaz, se fosse chamada a jogo. Mesmo asim, o Benfica pode queixar-se de si próprio por não ter aproveitado as oportunidades que dispôs.


A luta europeia continua a animar o campeonato e é para já o motivo de maior interesse. Braga e Sporting parecem querer discutir o terceiro posto, mas prefiro esperar para ver, pois o Sporting venceu, mas terá uma deslocação ao dragão na próxima jornada e uma derrota pesada deixará a moral dos jogadores outra vez no fundo.
Depois, temos a luta do quinto classificado, com Nacional, Guimarães, Paços, Rio Ave e Maritimo a perfilarem-se para uma grande batalha até final para chegar a um lugar europeu. O Rio Ave merece elogios pelo campeonato que tem vindo a realizar nesta segunda volta e de momento é uma das equipas em grande forma. Já agora, uma vénia a João Tomás... merecia mais atenção pelo campeonato que esta a fazer. Selecção? Talvez, pelo menos seria um prémio merecido para quem é o melhor goleador português.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

A Liga Europa sem emoção

É comum falarmos em europa e associarmos a grandes jogos, disputa, garra, equilíbrio e sobretudo emoção, mas este ano, e na Liga Europa, o cenário é de goleada e eliminatórias resolvidas a uma mão. No caso de Portugal, tem sido extremamente produtivo e com excelentes resultados, já sem "tubarões" do futebol europeu e que perspectiva uma possível vitória final.

Penso que todas as equipas portuguesas tiveram resultados normais, ou melhor, não surpreendentes, perante adversários que tinham algumas lacunas defensivas. O PSV, já o tinha dito, não é equipa para preocupar, pois as deficiências deficiências e falta de recursos ou movimentações ofensivas dão grande vantagem ao Benfica que basta fazer uma pressão alta e desequilibrar com os laterais que a organização defensiva fica para trás. Foram alguns os golos, mas as oportunidades desperdiçadas levam a acreditar que a equipa do Benfica estava com uma ânsia do golo e em mostrar ao público o que tinha perdido frente ao Porto. Pressão, intensidade e desequilíbrios laterais foram as linhas da vitória encarnada.

O Porto não foi uma equipa que enche-se o olho no futebol bonito, mas foi essencialmente eficaz. Falcão é um avançado de excelência, mas não homem de área. É sobretudo um jogador de aparecer no espaço e sempre de trás para frente, olhando sempre o defesa pelas costas e ganhando vantagem nas antecipações. O resultado foi "gordo" muito por culpa desses movimentos, para que os centrais russos não estavam preparados. A defensiva do Porto não foi eficaz como é normal, mas do outro lado a falta de apoio aos dois da frente possibilitava esses "luxos". De resto, Moutinho foi patrão do meio campo e Varela foi quase sempre um extremo esclarecido... marcou um grande golo.

O Braga, não vi na integra, mas foi bom resultado em terreno alheio. A consistência que os arsenalistas vem demonstrando em casa é um boa porta para as meias-finais e os ucranianos estão perfeitamente ao alcance da formação portuguesa. Domingos optou exactamente por um sistema de mais contenção e menos criatividade e espelho disso foi o meio campo que teve sempre uma predominância de jogadores com características mais defensivas.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Entrevista a Gilberto Silva

O entrevistado de hoje do blog 'Fintar a Bola' é Gilberto Silva, ex- jogador do Boavista, internacional pelas selecções jovens, titular no Bessa de Jaime Pacheco e Rui Bento e um polivalente que apesar de ser médio foi quase sempre sacrificado para actuar a defesa. Tudo isto parece ter sido esquecido e Gilberto, neste momento, é um jogador desempregado... e com vida difícil para encontrar uma equipa onde possa relançar a sua carreira.

Percurso:
98/99 a 99/00 - Os Sandinenses
00/01 a 05/06 – Boavista
06/07 – Penalva do Castelo
07/08 a 08/09 – Boavista
09/10 a 10/11 - Ermis Aradippou




Fintar a Bola (FB): Quando se fala em Boavista, clube, o que representa para si esse símbolo?

Gilberto Silva (GS): Para a mim representa muito, pois foi ai que cresci, onde fiz praticamente a minha formação todo onde estive dois anos nos ("Os Sandineneses"),e foi no Boavista que me tornei homem e onde concretizei o sonho de ser profissional e jogar ao mais alto a nível em Portugal.

FB: Foi lá que cresceu, aprendeu a jogar futebol e foi também no Bessa que foi chamado pela primeira vez a um jogo sénior e na primeira liga, salvo erro diante do Moreirense. Foi o concretizar de um objectivo e uma motivação ainda maior para trabalhar?

GS: A primeira vez que fui convocado foi contra a Académica, mas fiquei 19º ou seja fiquei de fora, mas pelo que me disse o mister Jaime Pacheco, porque no dia seguinte tinha jogo pelo juniores que tambem era com a academica e precisavamos de ganhar para passar a fase final de juniores... Mas primeira vez que me sentei no banco isso sim foi com o Moreirense, e foi sem duvida o concretizar de sonho e uma enorme motivação para chegar onde realmente queria, que poder ajudar em campo com o meu trabalho e dedicação que tenho pelo Boavista..

FB: Na época seguinte, foi para Penalva do Castelo, onde foi um dos titulares indiscutiveis da formação local, realizando um campeonato extremamente regular que lhe valeu o regresso ao Boavista. Foi uma boa época a nível pessoal?

GS: Sim foi tanto a nivel pessoal e colectivo, pois conseguimos atinguir os objectivos propostos pelo clube, e tenho muito a agradecer a essa instituição pois fui recebidos e ajudado por todos os meus colegas de profissão, mas principalmente pelos amigos que foram todos excepcionais para mim e me ajudaram a crescer como jogador, mas a minha regularidade e fiz praticamente todos os jogos faltando só os três primeiros jogos..

FB: Pela mão de Jaime Pacheco foi lançado na época de 2007/2008, não na sua posição de origem, mas a defesa direito da formação boavisteira. Apesar da posição, realizou 16 jogos a titular. Foi uma excelente rampa de lançamento. Concorda?

GS: Concordo plenamente, na altura o plantel ainda não estava completo e isso me deu a oportunidade apesar de não ser na minha posição de eleição, e onde gosto e me sinto mais a vontade jogar, conhecia a posição e o mister soube tirar partido disso e eu também claro e finalmente concretizar o meu grande sonho, apesar de praticamente jogar toda a época a defesa direito o mister também me deu a oportunidade de jogar a médio.

FB: Azar dos azares, é nesse ano que o Boavista se vê relegado de divisão, pela FPF, por alegada corrupção desportiva. Mesmo na II liga, Gilberto continuou de xadrez ao peito e cimentou a titularidade, mas continuando a defesa. Acha que este caso, ocorreu na pior altura para um jogador como o Gilberto?

GS: Todos sabemos das dificuldades que estávamos atravessar, todas as indefinições que haviam e principalmente o grupo que ainda não estava definido, faltavam reforços e isso foi um dos motivos pela qual eu continuei a defesa e neste caso a defesa esquerdo que era uma posição totalmente desconhecida para mim, mas pela equipa e principalmente pelo clube sacrifiquei-me sendo uma situação de recurso que foi para toda a época, e ai assim penso que foi um erro para mim porque fiquei muito longe daquilo que valho e do meu valor e penso que as pessoas não foram capazes de avaliar essas situações e muitas vezes fui contestado por isso e o meu valor foi posto em causa..

FB: O Clube nessa época não resistiu a mais uma descida e com isso à saida de muitos jogador, entre eles o Gilberto. Sentiu que era hora de lutar por novas experiências?

GS: Senti que era a altura de partir numa nova aventura, pois como referi anteriormente o meu valore profissionalismo foram postos em causa, e em Portugal aposta-se mais noutros países e desperdiçam-se muitos valor por isso mesmo, e lá fora somos vistos de maneira diferente..

FB: A equipa de destino foi o Ermis Aradippou (Chipre). Porquê este clube e este país? Falta de propostas nacionais?

GS: O clube era segunda vez que estava na 1ª divisão, sendo que a primeira eles tiveram uma prestação muito fraca e desceram, então queriam fazer história e ficar manter na 1ªdivisão e assim foi o que sucedeu, e também porque a proposta era boa e muito tentadora e por isso optei, e sabendo também que iria contar com muitos jogadores portugueses e também por na altura foi a melhor proposta que recebi, e ate há data não tinha recebido nenhuma proposta nacional.

FB: Este ano o atleta vimaranense saiu a meio da época do Chipre, para regressar a Portugal. Mas de forma incrível, não houveram propostas até ao momento. Correcto?

GS: Sim correcto. Tente e entreguei o meu currículo em vários clubes mas nunca tive a sorte de ser chamado, ate que tive a oportunidade de treinar a experiencia no Freamunde, onde encontrei um grupo fantástico e disposto a acolher-me nesta fase, mas devido acertas leis não permitiram que fosse inscrito, e ai só tenho que agradecer ao Freamunde e tudo pelo que fez para eu ser inscrito.


FB: A procura por um novo clube tem sido constante, mas até agora não houve acordo com nenhum clube, também por causa de questões contratuais para atletas amadores. Explique-nos, as implicações ou desvantagens que teria, em assinar um contrato não profissional...

GS: Vou tentar explicar por aquilo que me transmitiram e que disseram é que se nesta altura, se assinasse um contracto amador, teria de cumprir um ano inteiro como tal. e isso iria impedir na próxima epoca ser inscrito como profissional onde quer que fosse.

FB: O que pensa, um internacional português, que aos 23 anos se vê nesta situação?

GS: Não é fácil passar por toda esta situação e é muito complicado, onde por momentos pomos muita coisa em causa, mas nunca o meu valor pois sei que vou voltar ainda mais forte e vou triunfar de novo, e provar que estou vivo..Todos os dias tento encontrar a motivação necessária para continuar a procura de alguém que acredite e volte a apostar em mim...

FB: Actualmente, e para manter a forma, tem estado a treinar com o plantel do Caçadores das Taipas (Guimarães), mas apenas como forma de estar bem fisicamente ou com perspectivas em ser integrado no plantel, já que o mercado da III divisão abriu por estas semanas?

GS: Estou a manter a forma, pois tentei noutros sítios mas não me deram essa oportunidade, sim e nesta fase ate ponderava ser inscrito nessa divisão pois era uma forma de jogar apesar de não ser aquilo que quero, mas iria me ajudar principalmente a não estar parado e também aproveito para agradecer ao Taipas porque fui recebido muito bem, ate onde encontrei amigos que não via há muito anos e fiz em outros que posso contar, e eles também me motivam para não desistir e dão me vontade de querer mais..

FB: Neste momento, o principal objectivo, para além de regressar o mais rápido possivel à competição será mostrar que não “morreu” para ao futebol. E isso também um factor de motivação do dia-a-dia?

GS: Como lhe disse esse é o meu grande objectivo, pelo qual luto todos os dias, mostrar o meu valor e querer prova-lo, pois a muitas pessoas que duvidam mas eu vou voltar aparecer e mostrar que estavam enganadas a meu respeito..

FB: Olhando um pouco para trás, tinha feita algo de diferente no seu percurso de futebolista, se tivesse a oportunidade de corrigir?

GS: É assim, mudava em tentar jogar na minha posição de origem onde penso render mais e me sinto mais há vontade, penso que isso mudava pois podia ter me ajudado mais.


Perguntas rápidas:

Defesa ou Trinco/Médio defensivo?
Médio

Qual o melhor momento da sua carreira?
Boavista 1ªliga

Última internacionalização:
Portugal 3-0 Malta Sub-21 em vila do conde 

Ídolo:
Zidane

Superstição:
Antes de entrar em campo benzo-me sempre

Treinador por quem gostaria de ser orientado:
José Mourinho

Chegar ao “topo” seria:
O Melhor

Por fim, pedia-lhe que elege-se o seu onze formado por companheiros de equipa (actuais e/ou antigos):
Guarda redes- Carlos
Defesa Direito-Nelson
Defesa Central- Bruno Pinheiro
Defesa Central- Hélder Rosário
Defesa Esquerdo- Mário Silva
Médio- Bruno Gama
Médio-Gilberto Silva(Eu)
Médio- João Vieira Pinto
Avançado- Hugo Almeida
Avançado- Nani
Avançado- João Tomás



Vídeo com alguns momentos do jogador:

terça-feira, 5 de abril de 2011

O clássico do novo campeão nacional


Não vou entrar em grandes palavras acerca do campeão, pois era uma certeza à alguns meses e a regularidade da equipa portista não deixou margens para dúvida, nem deu oportunidade para grandes esperanças. Ainda assim festejar o titulo a cinco jornadas do fim não é nada de novo para o nosso campeonato, infelizmente...

Iria focar as atenções no clássico de domingo e na vitória do Porto. Categórica? Nem tanto, como nos 5-0, mas não deixou de ser a vitória da melhor equipa. No meu ponto de vista, o principal factor de distingue os dois "grandes" é a organização. Posicionamento, ocupação de espaço e pressão são leis indispensáveis para os jogadores portistas. Ainda assim gostaria de realçar alguns aspectos do jogo:

- Em primeiro lugar, a surpresa no onze do benfica (Jara no lugar de Cardozo). Essa alteração, não previsivel, deixou os centrais portistas nos primeiros minutos indecisos. Com dois jogadores móveis no benfica, nos primeiros minutos os centrais portistas optaram por fazer uma marcação mais posicional. Após indicações, passaram a matar contra-ataques do benfica logo a meio campo. Nomeadamente, Rolando a Jara que várias vezes matou o contra-ataque com faltas.

- Moutinho, foi um homem sobretudo de transição e de pressão. É fácil de constatar que em situação defensiva o médio do Porto nunca entrava na sua àrea, ficando com as responsabilidades da transição e/ou do primeiro apoio ao extremo.

- Foi igualmente interessante verificar a pressão à defensiva do Benfica. Como era de esperar Falcão pressionou quase sempre Sidnei, pois é o central mais duro de rins e com menos aceleração, enquanto Luisão "levava" com Moutinho. O meio campo era deixado num 2x2 entre Fernando e Guarin, para Javi e Aimar, o que nunca preocupou Villas Boas.

- Por fim, as segundas bolas. É incansável a entre ajuda entre os jogadores portistas e que motivaram que quase nunca o benfica conseguisse jogadas individuais ou tabelas simples. Para além disso a segurança na perda de bola. O porto foi quem mais perdeu a bola, mas nada que se tenho notado devido aos constantes apoios.

segunda-feira, 28 de março de 2011

Eleições Sporting: Sócios não foram em "extravagâncias"


Em Alvalade, as eleições foram renhidas, e vitória de velha guarda leonina em oposição à nova geração, que é como quem diz, Godinho Lopes e Bruno de Carvalho respectivamente.
Pode ser frustrante, concordo plenamente, o facto da Lista C ter sido votada em mais de 1500 sócios e nas contas finais ser derrotado com uma diferença de sensivelmente 300 votos (tal como a imagem em cima o explica).
Não haverá revoluções, limpezas de balneário ou qualquer tipo de "tsunami" nas hostes leoninas e veremos se  será por ai que os resultados desportivos voltarão a bom porto.
Uma coisa parece certa: enquanto as eleições são e serão assunto do dia em Alvalade a equipa do Sporting vai arriscando-se a perder o terceiro lugar... nada que preocupe os sócios, ou melhor dizendo, os candidatos.

As diferenças

O que salta à vista, logo em primeiro plano, é o fundo para investimento e o plano financeiro. 50 milhões para investimentos contra os 15, da lista vencedora, foram certamente motivo de muitos votos favoráveis e contra.
Enquanto Bruno de Carvalho, colocou a estabilizada e o rigor financeiro como um dos "slogans" de campanha, Godinho Lopes, preferiu um discurso sempre mais reservado optando por metas reais ou mais facilmente atingíveis e sem prometer revoluções a este nível. Recorde-se que ainda à relativamente poucos anos, o agora eleito de Alvalade, esteve na estrutura leonina e melhor que outros, saberá qual a situação do clube, optando por um cenário mais simples.
No lado desportivo, e no que há equipa sénior diz respeito, os candidatos seguem linhas idênticas em assuntos como a formação e investimento no plantel. E claro, o comum a todos, o objectivo: ser campeão. Difícil a curto prazo diria eu.
Mas se Godinho tem um homem forte para o futebol, Carlos Freitas, Bruno de Carvalho foi sempre um candidato apostado em que o presidente e vice-presidente fossem parte activa no ao que diz respeito a prospecção e contratação. Uma equipa B, criação de departamento de scouting e potenciar jovens da academia eram trunfos da Lista A.

Ilações

Pessoalmente, penso que ganhou a lista mais equilibrada e que talvez mais garantias desportivas dará. É sempre difícil, para não dizer impossível, estar a catalogar uma lista como certa ou correcta, pois promessas não são obrigações. Apenas discurso de campanha e "show-off" para cativar votos.
É evidente que a prioridade do Sporting será sempre equilibrar contas, mas não contraindo empréstimos mas sim potenciando jovens para abater o défice do clube, avultado mas que não pareceu preocupar nenhum dos candidatos.
Ideal ou não? Não me atrevo a dizer, mas seguramente os sócios jogarão pelo seguro.
Olhando para a realidade futebolística do país, para a situação sócio-económica e realidade das últimas décadas, o Sporting, numa visão pessoal terá de ser um clube essencialmente de matriz jovem (academia) e que num espaço curto de anos consiga com uma "mescla" de jovens e experiência, em algumas aquisições, ser campeão. De outra forma penso que é o afundar da equipa financeiramente....

quarta-feira, 23 de março de 2011

Jovens Promessas | Entrevista a Henrique Martins

O escolhido de hoje da rubrica 'Jovens Promessas' é Henrique Martins, jogador do Vila Real, que recentemente se sagrou campeão da Divisão de Honra da AF Vila Real e consequentemente subida à III divisão nacional. Henrique é um extremo veloz e muito tecnicista, formado nas escolas do Amarante e que tem sido aposta regular no 'bila', apesar da forte concorrência que tem na equipa. Aos 20 anos, o jogador revela que gostaria de um dia representar a cidade que o viu crescer para o futebol , o Amarante. O blog 'Fintar a Bola' falou com Henrique sobre a sua carreira....
Percurso:
99/00 a 06/07 - Amarante
07/08 a 08/09 - Vizela
09/10 e 10/11 – Vila Real


Fintar a Bola (FB): O clube da terra, Amarante, foi o começo para o futebol. Lembras-te do primeiro dia? Conta-nos um pouco….


Henrique Martins (HM): Recordo-me vagamente, tinha os meus 10 anos e fui apresentado a’ equipa em pleno campo de treinos, era escolinha 2º ano. Foi um ano muito bom, a todos os níveis, tanto que fomos campeões distritais com alguma distinção em relação as outras equipas do campeonato.
Começava assim uma paixão : o Futebol.

FB: Os escalões de formação do Amarante, erão e continuam a ser, seguidos de perto por olheiros do Porto e Boavista, onde de resto se encontram vários ex- companheiros teus. Alguma vez te convidaram para ires à experiência?


HM: Sim, sem duvida que o Amarante foi e será sempre um clube alvo para os grandes de Portugal pois tem jogadores com qualidades suficientes para integrar planteis de formação de clubes como o Porto e Boavista.
Sempre tive o sonho de puder evoluir mais num clube como o Porto, como qualquer outro miúdo nessa idade tem, mas nunca surgiu essa oportunidade e isso nunca me tirou a alegria de vestir a camisola do Amarante e não sou mais nem menos jogador por isso, sinto-me orgulhoso pelo percurso que tive ate então.

FB: No escalão de juniores, surgiu a oportunidade de ir para o Vizela. Como aconteceu essa mudança e porque?

HM: Era Juvenil 2º ano e acabei a época a jogar regularmente pelos juniores do Amarante e as pessoas que me acompanharam durante algum tempo aconselharam-me a tentar procurar uma equipa que me pudesse dar, nos meus 2 últimos anos de formação , a oportunidade de jogar ao mais alto nível que é o nacional de juniores. E assim foi, optei por ir treinar ao Vizela pelas condições que me podia oferecer, tinha um campo sintético, até então tinha feito todo o meu percurso em campo pelado, estava no nacional de Juniores e os seniores militavão naquela altura na Liga Vitalis o que era também mais uma  motivação extra.
Numa primeira impressão nunca pensei puder vir a fazer parte do plantel, o Vizela é um clube onde costumam integrar jogadores dispensados do Guimarães, Braga principalmente e como era o meu 1º ano de juniores na minha cabeça tornou-se difícil. Mas fui superando todos os treinos e acabei por ser um dos escolhidos para integrar o plantel e foi ai que vi que estava ao nível de jogadores com a escola do Guimarães e Braga.
Foi uma experiência que me enriqueceu muito como jogador e como pessoa.


FB: O nacional de juniores é extremamente competitivo. Sentiste a diferença de “andamento” do Amarante para o Vizela? Qual foi a maior dificuldade?

HM: Não existe qualquer comparação possível de um campeonato para outro mas eu apesar de nunca ter competido a este nível estava mentalizado para a qualidade que iria encontrar, a dificuldade não foi quase nenhuma, era um futebol muito mais “educado”, era um futebol mais jogado , mais pensado e não tão físico como o distrital.
Aconselho a todos os jogadores que queiram evoluir mais, não há melhor que puder disputar um campeonato nacional de que escalão for.

FB: Depois de 2 anos em Vizela, chegou a hora de conciliar os estudos e o futebol e por isso, estando a estudar na UTAD, decidiste jogar no Vila Real. Foi quase que uma escolha obrigatória para conciliar com os estudos?

HM: Não foi bem assim, eu quando concorri para a UTAD já era jogador do SC Vila Real. Mas como se costuma dizer juntei o útil ao agradável. Esta a ser muito gratificante para mim puder estudar e continuar a jogar futebol num grande clube como é o SC Vila Real.

FB: No primeiro ano como sénior, quase que conseguia uma subida de divisão aos nacionais.
Foi revoltante ficar à porta do título? Sentes que o ‘bila’ tinha equipa para lá estar?


HM: Foi uma grande desilusão para todo o grupo de trabalho a nível desportivo não puder festejar a subida aos nacionais, trabalhamos arduamente durante o ano inteiro com um único objectivo na cabeça e acabamos por “morrer na praia”. Falando da qualidade deste grupo, é muito acima da media, não é por fazer parte deste plantel, mas todo o grupo tem demasiada qualidade para estar a disputar a Divisão de Honra.

FB: Jogar ao lado de jogadores com Schuster ou Miguel Ângelo é um privilégio ou uma responsabilidade? São como uns bons ‘mestres’?
HM: É muito gratificante jogar ao lado do Schuster e Miguel Ângelo, mas todos os jogadores mais “velhos” da equipa tem uma historia no mundo futebol e aprendi e continuo a aprender com cada elemento do grupo. Acho que não podia ter encontrado melhor balneário como o do SC Vila real para começar o futebol sénior.
Representar os seniores do Amarante faz parte dos desejos futuros? Porquê?
Mentiria se disse-se que não, cresci a treinar, a jogar e a acompanhar o Amarante desde pequeno mas também digo que não vivo obcecado com isso, de longe.
Tenho um gosto especial pelo clube onde comecei e isso é muito normal.

FB: Um golo. Na tua opinião, qual o teu melhor golo enquanto jogador? Porquê?

HM: O golo que mais gozo me deu fazer foi o ano passado, jogo para a Taça da AFVR frente ao Santa Marta, entrei no decorrer da segunda parte e fomos para o prolongamento empatados 1-1 e conseguimos o golo do empate já nos descontos. O golo aconteceu num lance individual pela direita e da esquina da área e com o meu pior pé fiz um golo que ainda hoje não sei como lhe dei tão bem com o pé esquerdo.

FB: Este ano consumou o teu primeiro titulo em seniores e consequente subida aos nacionais. Qual foi sensação?

HM: Em primeiro de tudo é impossível descrever a envolvencia em torno deste jogo, desde adesão dos adeptos ao ambiente que se criou no estádio. Nunca tinha participado numa festa assim como esta, e só quem viveu momentos como este é que pode afirmar o quanto é bom!
Era um jogo muito importante para nós e não queríamos desiludir a massa associativa e o objectivo ficou bem claro desde inicio.
Mostramos o porque de sermos a equipa mas forte e mais equilibrada do campeonato e sem problemas acabamos por fazer a festa , que estava já à algum tempo prometida.

FB: Para o ano III divisão e uma montra desportiva com maior dimensão. Quais os objectivos?

HM: Ainda nos faltam 5 jogos para o final do campeonato e ainda temos objectivos a atingir, no final da época certamente nos darão a conhecer qual o projecto para a próxima época.

FB: Consegue eleger um onze formado por companheiros de equipa? (actuais e passados)
GR - Cabreca (Vila Real)
DD - Bessa (Vila Real)
DC - Fredy e Mika ( Vila Real)
DE - Peixoto (Vila Real)
MC - Norberto, André Lisboa e Schuster (Vila Real)
Extremo - André Azevedo (Vila Real)
Extremo - Henrique (eu)
PL- Moura (Vila Real)

Perguntas rápidas:

Clube: FC Porto
Ídolo: Ricardo Quaresma
Superstição: Entrar com o pé direito no campo
Treinador por quem gostaria de ser orientado: André Vilas-Boas

terça-feira, 22 de março de 2011

O campeonato à espera do campeão

Já escasseiam palavras para o futuro campeão. É tal o desnível entre as equipas da liga que o Porto atreveu-se a dar 45 minutos de vantagem à Académica, fazendo após o descanso um jogo em que até poderia ter goleado. Guarin anda com pé "quente", mas convém não embandeirar, pois o rendimento dele é tem sido equivalente ao que era. É sim, um jogador muito mais confiante e que utiliza agora de um melhor forma o seu físico e bom remate.

Em Alvalade o desperdício continua... é surpreendente como uma equipa não consegue materializar em golo um tão largo numero de oportunidades que dispôs. A exibição não foi bom, nem pouco mais ou menos, mas pelo que fez, o Sporting merecia ter vencido. Postiga tem sido um dos jogadores mais lutadores e em melhor evidencia, mas atendendo à posição que ocupa em campo, não poderemos dizer que tenha ajudado a equipa. O avançado vive de golos e Postiga não marca para o campeonato desde 12 de Fevereiro, altura em que o Sporting acentuou a crise e mais importante, altura da saída de Liedson... esse sim um verdadeiro goleador.

Nota também para a goleada do Benfica e sobretudo para o regresso de Saviola e Aimar aos bons jogos. Jardel, esteve também em bom plano, sendo a par de Luisão um dos jogadores com maior recuperação de bolas. O resultado é justo, mas após a expulsão de Cohene era previsível que o resultado se dilatasse. Um Paços de Ferreia muito jovem e que não conseguiu reagir à primeira adversidade, mas ainda assim, não colocou o "autocarro" à frente da baliza, coisa que grande parte das equipas têm feito.

Para finalizar, uma palavra para a distância entre primeiro e terceiro classificado da liga. 30 pontos é qualquer coisa de inadmissível, agravado pelo facto de esse terceiro posicionado ser o Sporting, um clube que se diz querer lutar pelo titulo. O mais importante, nesta altura, é certamente olhar para quem vem atrás, mas vendo o primeiro lugar a trinta pontos não pode ser nunca uma época razoável.

sexta-feira, 18 de março de 2011

Jornada Europeia: o rescaldo e a antevisão

Primeiro de tudo, parabéns às equipas portuguesas presentes em competição, pela passagem, pelo futebol adulto e sobretudo por continuar a orgulhar o país e com toda a legitimidade para sonhar com a final de Dublin.

Neste ronda europeia, a segurança das vitórias da primeira mão foi factor decisivo para os apuramentos, porque em qualquer um dos três casos, as equipas não tinha necessidade de assumir o jogo e consequentemente riscos adicionais e podiam esperar pela desorganização adversária. E claro.... a pontinha sorte que é necessária para as grandes equipas.

O Braga foi quem surpreendeu aos olhos do mundo, mas quem viu os dois jogos não fica surpreendido em nada. O Liverpool é uma equipa de segunda linha e sem a qualidade técnica de outras épocas, apesar do rigor táctico e a qualidade do futebol estar presente. O Braga jogou na expectativa e com uma irrepressível organização defensiva.

O Porto e Benfica, apenas cumpriram o esperado que seria a passagem à próxima fase. No caso do Porto, tranquilamente e mais importante ainda, no ritmo desejado pelo Porto, que pautou sempre o jogo. No Parque dos Príncipes, o Benfica empatou, mas ainda soou na parte final sobretudo quando deixou de ter meio campo de pressão, motivado pelo fantasma de há dois anos que ainda pairava na cabeça de Jesus, a quando da sua eliminação pelo Braga com o golo de Hoarau.

Sorteio: Prespectivas



Neste altura, os sorteios pouco simpáticos podem ser fruto do avançado patamar da competição. Ainda assim, penso que é possível a colocação de três equipas nas meias-finais.

A missão mais complicada, penso ser a do FC Porto que defrontará o Spartak, uma equipa á semelhança do CSKA, que gosta de jogar em contra-ataque e com grande aberturas para as costas da defesa, sempre no limite do fora-dejogo, tal como vimos nestes quartos de final com outra equipa russa.

Braga e Dinamo de Kiev, são duas equipas muito semelhantes em termos de possibilidades. O Dínamo é essencialmente uma equipa que prima pela forte organização defensiva, onde coloca uma aglomerado de jogadores na zona central, tornando difícil os desequilíbrios em zona de finalização. Ofensivamente é recorrente ver futebol em ataque aberto e com cruzamentos para a àrea, onde ainda factura Shevchenko.

Os Holandeses parecem-me claramente os mais acessíveis dos adversários. Não tenho uma conhecimento alargado da equipa mas pela exibição contra o Rangers é uma equipa que tem dificuldades em criar situações de perigo e em fazer golos.

terça-feira, 15 de março de 2011

Liga dos Campeões: O pragmatismo italiano (Bayern 2-3 Inter)

Allianz Arena de Munique palco de um dos melhores jogos da Liga dos Campeões, que assisti este época, num jogo que marcava igualmente a reedição da final da competição da época transacta.
Este jogo, para além de um grande espectáculo e emotivo até ao final, é um exemplo perfeito dos momentos chave durante uma partida e também do pragmatismo das equipas italianas, neste caso o Inter, que já começa a ser recorrente neste tipo de actuações.

Os golos em contexto de jogo....

Ainda antes de qualquer leitura táctica, é importante dizer que o Inter entrou praticamente com a eliminatória empatada, aos 4 minutos, e no único remate que fez na direcção dos postes durante o primeiro tempo. Talvez sorte, talvez não, com ajuda de Pedro Proença é certo, mas apenas o facto de estar empatada a eliminatória retira por si só a obrigação de assumir o jogo.
E foi isso que os italianos fizeram. Entregaram rédeas de jogo ao adversários, partindo sempre em contra-ataque quando recuperavam a bola, e em certos momentos levaram banho de bola, terminando a primeira parte a perder por 2-1, já de si lisonjeiro.
No segundo tempo a postura apostaram ainda mais nas transições rápidas com Coutinho a entrar para abrir bem o ataque do Inter. Os golos da vitória acabariam por surgir na última meia hora, mas sempre sem dominio territorial do jogo, mas com Eto'o que na frente soube sempre esperar pela chegada da segunda linha de jogadores.
Há quem fale em felicidade de golos, eu diria que foi uma grande controlo emocional e inteligência nos vários momentos da partida, esperando pelos erros adversários.

Ijusta a vitória?

Talvez, pelo que o Bayern jogou, criou e desperdiçou, talvez seja um resultado inglório no final do jogo, mas nem sempre o futebol bonito e entusiasta supera o pragmatismo de quem entra à espera do momento certo para marcar.
O Bayern foi melhor equipa no cômputo geral, mas a espaços o volume atacante dos alemães traduziu-se em oportunidades para que o Inter pudesse marcar, coisa que os italianos não pensaram duas vezes.
Para mim, fica pela caminho uma das favoritas à vitória na competição, e um equipa prima pelo futebol ofensivo e atractivo que tem conquistado muitos adeptos na Alemanha, mas que só si não chegou para à próxima fase.

Destaques individuais



Cambiasso: Um poço de energia.. É o jogador que equilibra a equipa, faz as compensações, mas é também quem organiza segundas vagas de ataque e quase sempre o primeiro a dar linha de apoio.

Eto'o: Um dos melhores avançados da actualidade. Dos pés dele sairam as melhores jogadas de perigo. Inteligente a segurar a bola, jogando sempre na linha de fora-de-jogo, mas desmarcando-se constantemente para dar linhas de passe aos companheiros.


Muller: Foi avançado, nº10 e médio... Na verdade o jogador que mais me surpreendeu. Foi  uma presença constante na àrea, fazendo as tabelas com os médios e aproveitando as suas opotunidades, mas também foi sempre um dos primeiros na pressão ao portador da bola. Em poucas palavras: jogou 90 minutos, correu 11,85 Km e marcou 1 golo... definitivamante não merecia perder.

segunda-feira, 14 de março de 2011

A luta europeia que vai animando o campeonato...



Com o campeonato decido na frente da classificação, agora as atenções viram-se para a "segunda linha" das equipas portuguesas, que neste momento lutam por um lugar nas competições europeias da próxima temporada.
Parece-me que há quatro clubes para três lugares na Europa, Sporting, Guimarães, Braga e Nacional. O Sporting é claramente o clube que leva maior vantagem, mas também é a equipa que mais obrigações tem de estar onde está, quer pela qualidade do plantel quer pelo orçamento, que comparativamente com os restantes clubes a lutarem pelo objectivo não tem comparação.
 

A irregularidade de resultados

É a nota principal para estas equipas que lutam pela internacionalização.

Recorrentemente, as equipas vacilam perante adversários menos cotados e em posições baixas da tabela, colocando assim sempre um ponto de interrogação em cada jornada sobre quem sobe ou desce na classificação.
Se olharmos para os resultados, facilmente percebemos essa insegurança de vitórias, onde apenas o Braga conseguiu vencer o seu último jogo(2-1 ao Benfica), de entre as quatro equipas que enumerei anteriormente.
Isto revela também um equilíbrio nas equipas da liga, mas ainda insuficiente para equilibrar com os dois da frente onde existe um fosso enorme.

Em posição complicada...

Em primeiro lugar, o Paços de Ferreira, que apesar de estar presente nos lugares de acesso à competição não poderá disputar a competição, por não ter efectuado a inscrição nas provas europeias.
O Leiria é uma equipa que ainda está perfeitamente a tempo de se chegar aos lugares de qualificação, mas tal parece-me muito improvável. A equipa leiriense da primeira volta já não é a mesma, muito por culpa das saídas de Silas e Carlão, este último a referência de área que a formação demora a encontrar novamente. Só para terem uma noção, a equipa de Pedro Caixinha não marca mais de um golo por jogo neste novo ano.
Daqui para baixo, será muito difícil a qualquer equipa chegar a este curto pelotão de equipas atendendo à diferença pontual e á irregularidade de resultados. Apesar disso, o Rio Ave está agora a acordar para uma boa reta final de campeonato.

sexta-feira, 11 de março de 2011

Benfica: Sidnei vs David Luiz


É por estes dias, no universo benfiquista, a questão que está na ordem do dia, para os mais atentos e que olham com sentido critico para o que mudou com a saída de David Luiz, para o Chelsea.
A solução, lógica, após a saída do "Macarrão", como é conhecido no Brasil, foi a colocação de Sidnei, que até então era a terceira opção para o centro da defensiva. 
Recentemente e contra adversários mais poderosos, tem sido colocados a "nu" as dificuldades de Sidnei em alguns aspectos tácticos e sobretudo na coordenação entre o próprio e Luisão.

Capacidade de Reacção

É neste aspecto que penso estar a grande perda, comparativamente ao anterior titular da defesa, notando-se que em futebol ao primeiro toque e com rápidas diagonais, Sidnei tem imensas dificuldades em acompanhar o adversário.
Tem sido recorrente ver Luisão a fazer dobras a Sidnei, principalmente quando o adversário vai em velocidade e com a bola no pé. Geralmente e sempre que é ultrapassado na primeira bola, quando é obrigado a sair ao adversário ainda longe da baliza, o brasileiro não tem capacidade para recuperar, nem para o médio mais avançado. Se repararem, é por diversas vezes Coentrão ou Javi Garcia que aparecem na posição do segundo central.

Desequilíbrios ofensivos

Uma das armas de David Luiz era, sem sombra de duvidas, a capacidade de recuperar bolas e sair com a bola no pé, fazendo por diversas vezes a transição defesa/ataque.
O trabalho de Jesus, parece-me a mim, tem incidido muito neste aspecto no novo dono da central defensiva. Jesus tem procurado fazer com que Sidnei seja uma alternativa a saídas de jogo organizado. Em alguns encontros, as equipas adversárias fazem uma pressão sobre o homem "6", neste caso, Javi Garcia e essa será uma alternativa. Contudo, parece-me que ainda há muito trabalho pela frente, pois o brasileiro está longe de ser tecnicamente um jogador semelhante ao seu antecessor e também longe da capacidade de passe e remate de David Luiz.

Alternativas à posição

Apesar de tudo o que referi anteriormente, Sidnei é o central melhor preparado em todos os aspectos para a posição que ocupa. Os outros concorrentes à posição (Jardel e Roderick), não estão, ainda, no ponto certo para uma aposta a titular nas várias provas.
Por fim, penso que futuramente Roderick possa vir a ser um excelente central, o chamado "patrão", e é ou seria uma opção que gostaria de ver no onze a curto prazo.


terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Destaques transferências na AF Porto


O mercado de transferências fechou no dia 28 de Dezembro, para jogadores já utilizados esta época, e foram vários os clubes da distrital que se reforçaram com jogadores de divisões superiores, mas o inverso também aconteceu. Vejamos algumas das transferências nas equipas do distrito do Porto.

Nacional - Distrital:
Bezu (ex- Aliados Lordelo) - Pedras Rubras
Nakata (ex- Cinfães) - Leões Citânia
Caracol (ex- Oliveira Douro) - S. Pedro Cova
Rui Oliveira (ex- Oliveira Douro) - S.Pedro Cova
Fábio Oliviera (ex- Candal) - Vila FC
Pilhas (ex-Aliados Lordelo) - S. Pedro Cova
João Paulo (ex- Coimbrões) - Custóias
Fábio Ribeiro (ex- Coimbrões) - Ermesinde
Teixeira (ex- Coimbrões) - Valadares
Magalhães (ex-Alpendorada) - Custóias
Formoso (ex- Esposende) - Salgueiros 08
Filipe Carvalho (ex- Cinfães) - Lixa
Lionel Gonçalves (ex- Joane) - Boavista B

Distrital - Nacional:
Fernando (ex- Ermesinde) - Oliveira Douro
Tista (ex-Valonguense) - Oliveira Douro
Hugo Figueiredo (ex- Avintes) - Oliveira Douro
Filipe Lusoli (ex- Ramaldense) - Oliveira Douro
Dudu (ex- Crestuma) - Oliveira Douro
Tiago André (ex-Sobrado) - Leça
Diogo Preto (ex- Salgueiros 08) - Candal
António Costa (ex- Ataense) - Aliados Lordelo
João Silva (ex-Ataense) - Alpendorada

Nota-se uma grande movimento de jogadores entre a Divisão de Honra da AF Porto e a III divisão nacional, numa clara mostra de uma competitividade muito similar. Depois, alguns reforços de maior relevância para ajudar os clubes nos seus obejctivos, principalmente equipas na luta pela subida e na tentativa de não descer de divisão. O mercado continua aberto até ao mês de Fevereiro para jogadores que ainda não competiram esta época...

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Lazlo Boloni: "Sá Pinto e Jardel andaram à pancada como dois cegos"


Boloni foi apresentado como o novo treinador do Lens, de Marcio Ramos, e durante a conferência de imprensa o técnico romeno foi questionado sobre se iria conseguir conseguir obter um bom ambiente no balneário, o ex-treinador do Sporting respondeu assim:
“Problemas no balneário existem sempre, mas só falamos deles quando os resultados não aparecem. Isso acontece muitas vezes. Em Portugal o Sá Pinto e Jardel andaram à pancanda como dois cegos, mas isso não nos impediu de sermos campeões e não se soube de nada na imprensa porque estávamos numa espiral positiva. Então quando as coisas não correm bem, temos de apertar um pouco os parafusos. Mas sobretudo gosto de falar de respeito. Se eles não estiverem concentrados, claro que aí teremos de intervir. Os problemas de nível humano vamos enfrentá-los com a palavra. Podia ter ficado em casa, mas estava nervoso. Sou um treinador, gosto disto, é a minha droga. Quando me envolvo em alguma coisa, dou sempre cem por cento de mim”.