terça-feira, 15 de março de 2011

Liga dos Campeões: O pragmatismo italiano (Bayern 2-3 Inter)

Allianz Arena de Munique palco de um dos melhores jogos da Liga dos Campeões, que assisti este época, num jogo que marcava igualmente a reedição da final da competição da época transacta.
Este jogo, para além de um grande espectáculo e emotivo até ao final, é um exemplo perfeito dos momentos chave durante uma partida e também do pragmatismo das equipas italianas, neste caso o Inter, que já começa a ser recorrente neste tipo de actuações.

Os golos em contexto de jogo....

Ainda antes de qualquer leitura táctica, é importante dizer que o Inter entrou praticamente com a eliminatória empatada, aos 4 minutos, e no único remate que fez na direcção dos postes durante o primeiro tempo. Talvez sorte, talvez não, com ajuda de Pedro Proença é certo, mas apenas o facto de estar empatada a eliminatória retira por si só a obrigação de assumir o jogo.
E foi isso que os italianos fizeram. Entregaram rédeas de jogo ao adversários, partindo sempre em contra-ataque quando recuperavam a bola, e em certos momentos levaram banho de bola, terminando a primeira parte a perder por 2-1, já de si lisonjeiro.
No segundo tempo a postura apostaram ainda mais nas transições rápidas com Coutinho a entrar para abrir bem o ataque do Inter. Os golos da vitória acabariam por surgir na última meia hora, mas sempre sem dominio territorial do jogo, mas com Eto'o que na frente soube sempre esperar pela chegada da segunda linha de jogadores.
Há quem fale em felicidade de golos, eu diria que foi uma grande controlo emocional e inteligência nos vários momentos da partida, esperando pelos erros adversários.

Ijusta a vitória?

Talvez, pelo que o Bayern jogou, criou e desperdiçou, talvez seja um resultado inglório no final do jogo, mas nem sempre o futebol bonito e entusiasta supera o pragmatismo de quem entra à espera do momento certo para marcar.
O Bayern foi melhor equipa no cômputo geral, mas a espaços o volume atacante dos alemães traduziu-se em oportunidades para que o Inter pudesse marcar, coisa que os italianos não pensaram duas vezes.
Para mim, fica pela caminho uma das favoritas à vitória na competição, e um equipa prima pelo futebol ofensivo e atractivo que tem conquistado muitos adeptos na Alemanha, mas que só si não chegou para à próxima fase.

Destaques individuais



Cambiasso: Um poço de energia.. É o jogador que equilibra a equipa, faz as compensações, mas é também quem organiza segundas vagas de ataque e quase sempre o primeiro a dar linha de apoio.

Eto'o: Um dos melhores avançados da actualidade. Dos pés dele sairam as melhores jogadas de perigo. Inteligente a segurar a bola, jogando sempre na linha de fora-de-jogo, mas desmarcando-se constantemente para dar linhas de passe aos companheiros.


Muller: Foi avançado, nº10 e médio... Na verdade o jogador que mais me surpreendeu. Foi  uma presença constante na àrea, fazendo as tabelas com os médios e aproveitando as suas opotunidades, mas também foi sempre um dos primeiros na pressão ao portador da bola. Em poucas palavras: jogou 90 minutos, correu 11,85 Km e marcou 1 golo... definitivamante não merecia perder.

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