sexta-feira, 6 de maio de 2011

Liga Europa: Jogos em casa a fazer diferença


Como não poderia deixar de ser, a vitória do Braga é o grande destaque destas meias-finais em que só deu Portugal.
Em contraste, o Benfica em acentuada queda em termos exibicional, fracassando em todos os momentos em que se exigia experiência e tranquilidade.
Neste encontro, o Braga fez aquilo que se espera e que é "lema" da equipa de Domingos: esperar, dar o jogo ao adversário e depois sair para o atacante sempre apoiado. Quem teve a oportunidade de ver o jogo rapidamente se apercebe que as oportunidades do Braga são criadas em bolas paradas ou em remates à entrada da área e não por situações avançado/guarda-redes.
-É preciso dizer que o mérito do Braga e em muito devido à apatia e falta de jogo dos encarnados, ou melhor dizendo, o meio campo minhoto foi a base desta vitória. Custódio esteve em grande, a defender como habitual, mas a atacar como não é hábito e fruto do péssimo jogo de Carlos Martins, que para além de não organizar o que quer que seja, não foi um jogador com disponibilidade defensiva.
- O lance de golo é facilmente explicável e o mérito vai em grande parte para a forma como a bola é batida. Todos sabem que o Benfica defende as bolas paradas à zona e nesse esquema a parte mais "frágil" é o segundo poste e as entradas dos jogadores vindos de trás (lembram-se de Bruno Alves? marcação individual para evitar essa situação). Uma bola tensa a meia altura, quando passa o primeiro poste e consequentemente Javi Garcia é meio caminho para o perigo, e foi isso que aconteceu.
- Meyong um mau jogo? A nível de participação no jogo sim, mas teve um papel muito importante. Conseguiu levar, quase sempre, os dois centrais com ele e assim permitir a mossoró e hugo viana superioridade no meio campo, sobre Javi Garcia.

Resumidamente, o Braga foi a equipa mais madura no conjunto da eliminatória e provou que é melhor atacar pouco e com qualidade( segurança e simplicidade de processos) do que em quantidade.
O Benfica foi uma equipa, arrisco a dizer, sem uma jogada com principio, meio e fim. Optou grande parte do tempo por uma jogo vertical e sem apoios, esperando que os homens mais avançados resolvessem o jogo. Catalogar a exibição de Martins é falar em inexistência de um Benfica em posse de bola, facilmente visível nas saídas para o ataque.
A Jesus, apenas há a criticar a intransigência em algumas opções, enumerando:
1- Insistência em jogadores, em baixo de forma e que comprometem a equipa de jogo a jogo.
2- Falta de confiança para alterar o esquema da equipa, sabendo que o meio campo estava em clara perda.
3- Má avaliação do jogo do adversário. Neste ponto, Domingos deu-se ao luxo de fazer entrar Kaka, sabendo perfeitamente que Kardec seria o próximo a entrar. Futurologia? Não, antes previsibilidade de Jesus.

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