Sérgio Soares, 26 anos, natural de Marco de Canaveses é o entrevistado de hoje do 'Fintar a Bola'. O médio que actua actualmente no Baião (1ª divisão - AF Porto) é uma das figuras da prova e luta este ano para subir de divisão. Já rejeitou vários convites de equipas nacionais, mas o facto de poder conciliar os estudos com o futebol levou a que permanece-se perto de casa.
Percurso:
94/95- 99/00 – FC Porto
99/00 – 02/03 – FC Penafiel
02/03 – Lousada
05/06 – FC Marco
06/07 – 10/11 - Baião
Fintar a Bola (FB) :Começou a sua formação de jogador no FC Porto. Como é que se proporcionou a ida para a invicta tão novo?
Sérgio Soares (SS): Sempre fui viciado em jogar futebol, chegava a jogar com laranjas, maças ou qualquer outra coisa redonda ou ainda com latas encontradas no caixote do lixo. Jogava em todos os intervalos na escola com os meus amigos. Com tenra idade, por volta dos 7, 8 anos participava em vários torneios de futsal, o que na altura se fazia com alguma frequência. As pessoas repararam que eu tinha algum jeito para a bola e decidiram levar-me às captações no FC Porto que se realizavam no campo da Constituição. Na altura foi o meu irmão que teve a ”coragem” de o fazer. Felizmente fiquei no plantel das escolinhas e jogava a central, posição que ainda hoje não sei porque a tinha escolhido.
FB: Depois de cumpridos os primeiros escalões no Porto, foi para FC Penafiel em juvenis (salvo erro) . Sentiu que vir de um ‘grande’ ajudou em afirmar-se no clube?
SS: Cheguei a Penafiel nos iniciados A, e foi uma fase muito difícil para mim. Fiz os primeiros treinos com a equipa e acabaram por me aceitar no grupo, no entanto precisava da carta, documento necessário para inscrição de jogadores, para jogar. O FC Porto não facilitou o processo por motivos que ainda hoje também não percebo. No entanto, nos juvenis, este problema foi resolvido e comecei desta vez a jogar a ponta de lança. Foi uma mudança um pouco drástica mas acho que me adaptei bem. Recordo que a equipa de juniores onde joguei, foram conseguidos os melhores resultados de sempre de uma equipa jovem do Penafiel em juniores. Foram dois anos consecutivos onde chegamos por duas vezes à segunda fase do campeonato nacional.
FB: No primeiro ano como atleta sénior esteve emprestado ao Lousada, que na altura competia na II divisão B, onde apesar de não ser titular conseguiu fazer alguns golos nos jogos que disputou. Acabou ser uma temporada para ganhar ânimo?
SS: Comecei muito bem no Lousada. No primeiro jogo entrei sensivelmente aos 30 minutos de jogo, quando perdíamos 1-0 com o Infesta. Saímos do jogo com uma vitória por 1-2, onde consegui fazer os dois golos. O Lousada passava por um mau momento, penso que até foi o início da crise que está instalada de momento. No entanto, foi um boa experiência, deu para jogar mais e ganhar alguma experiência, o que no Penafiel, naquele ano era muito difícil. Lembro que o Penafiel nesse ano subiu de divisão face ao investimento que foi feito e às “estrelas” que o compunha. Casos de Folha, Vitor Vieira, Odair, Wesley, Wellington, Roberto, Quim, Pedro Moutinho, Bruno Amaro, Morais, Avelino, Nuno Santos, Celso. Havia muita qualidade e foi difícil afirmar-me.
FB: Após essa época decidiu fazer uma pausa no futebol, de 2 anos, para se dedicar aos estudos. Se fosse hoje, teria decidido da mesma forma?
SS: É complicado responder a essa pergunta mas acho que fiz bem. Hoje em dia faço o que gosto e consigo conciliar as duas coisas. Acabei este ano o curso e ainda jogo futebol, por isso acho que não estou arrependido.
FB: 2 anos postos, voltou à competição, desta vez no FC Marco. O facto de ser o clube da terra pesou na hora de decidir em voltar?
SS: Sim, foi um convite que me foi feito pelo presidente na altura. Aceitei porque parecia ser um projecto promissor, no entanto não foi verdade, mas foi um ano positivo a nível “profissional”. Fiz bons jogos e conseguimos a manutenção mesmo depois de todas as dificuldades. Infelizmente o clube acabou o que deixou toda a gente muito triste.
FB: Com a extinção do clube marcoense, e apesar de outros convites, penso, optou por ingressar no Baião (1ª divisão distrital – AF Porto). O que o motivou para jogar nos distritais?
SS: Isso aconteceu em Dezembro, depois de ter rejeitado algumas propostas de clubes da 2ªb porque queria tirar um curso. O que me motivou em continuar a jogar futebol foi a possibilidade de poder conciliar os estudos com o futebol. Os treinos eram três e sempre à noite, depois das aulas.
FB: Neste momento, o Baião continua a disputar a 1ª divisão distrital, onde também marca presença o Marco 09, novo clube que veio substituir o FC Marco. Gostaria de num futuro próximo voltar a vestir a camisola do Marco?
SS: Já me fizeram essa pergunta algumas vezes. É uma possibilidade como outra qualquer e tenho de admitir que essa possibilidade até surgiu este ano, no entanto não foi aceite, porque tenho o compromisso com o Baião. Este ano queremos subir de divisão e vamos lutar por esse objectivo.
FB: Durante a sua carreira, marcou muitos golos, principalmente agora nestas divisões inferiores. Qual o golo que mais o marcou? Porquê?
SS: Agora não marco muitos golos, apareço mais em posições de fazer assistências. Para dizer a verdade não tenho nenhum golo que me tivesse marcado. Já marquei alguns golos bonitos, mas nenhum que me faça recordar para sempre.
FB: Consegue eleger um onze formado por companheiros de equipa? (actuais e passados)
GR: Nuno Santos, DD To-Zé (Marco), DC Morais (Penafiel), DC Odair (Penafiel), DE Pedro Vieira (Penafiel/Baião), MC Vítor (Penafiel), MC Espinho (Leixões), MA Ita (Penafiel/Baião), MA Ivanildo (Porto), Pedro Fivelas (Baião), Wesley (Penafiel)
Perguntas rápidas:
Clube: FC Porto
Ídolo: Messi
Superstição: Não tenho
Treinador por quem gostaria de ser orientado: Arsene Wenger
O blog 'Fintar a Bola' deseja as maiores felicidades ao Sérgio....
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