terça-feira, 24 de maio de 2011

Hélder Calvino: " Fomos uns justos campeões"


Na III divisão, série C, o Cinfães fez história, esta época. O clube cinfanense conseguiu, pela primeira vez nos seus 80 anos de história, o título de campeão e a consequente subida de escalão.
Apesar de na fase regular o Cinfães ter ficado na segunda posição, no playoff a equipa foi mais forte que a concorrência e arrecadou o primeiro lugar, numa altura em que falta disputar a última jornada.
O 'Finta a Bola' falou com Hélder Calvino, peça chave na equipa, desde que trocou Vila Meã por Cinfães, no mercado de inverno. O médio fala de uma equipa confiante, a quando da sua chegada em Dezembro. "Sim o espirito era de uma grande confiança no valor do plantel e ciente que era a melhor equipa da série e claro, a subida era o objectivo."
O S. João de Ver foi o principal adversário  neste titulo, mas para Calvino, "fomos [Cinfães] a equipa mais consistente":
"O S. João de Ver tem um boa equipa e na minha opiniao era a única equipa que jogou sempre de igual para igual connosco, porque as outras equipa fechavam-se e jogavam só no nosso erro. Mas fomos justos campeões porque fomos a equipa mais consistente ao longo do campeonato."
A qualidade defensiva da equipa não passou despercebida e isso é visível no reduzido número de golos que a equipa sofreu, principalmente na fase final. "Costumo dizer que a defesa começa no ataque. Mas tem razão, temos uma defesa que ao longo da epoca foi sempre 'certinha' e consistente, que permitiu a equipa estar tranquila do meio campo para a frente."
Sobre o futuro, o médio de 26 anos, prefere jogar à defesa. "O campeonato ainda não acabou, temos que saborear o grande campeonato que fizemos. Ainda é cedo para falar disso, só o tempo dirá se vou continuar ou não"
No próximo domingo, o Cinfães desloca-se a Alpendorada para fechar com chave de ouro a época de 2010/2011.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Thiago Schmidel: "Jogar na primeira liga é um sonho"

21 anos depois, Feirense regressa à primeira liga

Santa Maria da Feira foi local de festa por estes dias e o motivo não é para menos. O Feirense garantiu este fim-de-semana a promoção à primeira liga de futebol, depois de bater na vila das Aves, a formação local por duas bolas a zero, com golos de Nuno Henrique.
A equipa nortenha militava na liga de honra pela oitava época consecutiva, tendo vindo em crescendo gradualmente nas últimas épocas e que esta temporada alcançou o sucesso.
O blog 'Fintar a Bola' falou com um dos indiscutíveis da "Feira", o médio Thiago Schmidel que se revelou "muito feliz" pela conquista do título, no seu ano de estreia em terras lusas."É verdade. Graças a Deus que tem me abençoado desde que cheguei em Portugal. Sempre acreditei que as conquistas se conseguem com muita determinação, perseverança e trabalho. Eu agradeço as pessoas que confiaram no meu trabalho, minha família, noiva e amigos. Estou muito feliz com essa conquista no meu 1o ano cá em Portugal, e quero ser campeão para coroar essa consagração."
Questionado sobre a diferença entre o Feirense e os restantes adversários, o médio revela que um espírito vencedor de equipa foi fundamental para o primeiro lugar:  "Todos sabem que o Feirense nunca foi a aposta para a subida ao escalão maior do futebol português. Acredito naquela frase que diz: O que não mata, fortalece. E a medida que não nos credenciavam os méritos por cada vitória, focamos somente no Feirense, no grupo de trabalho, nas nossas ambições próprias, e procuramos realizar de maneira conjunta um espírito de vencedores para que pudéssemos obter por nossos próprios méritos essa tão desejada conquista."
Falando também a nível pessoal, o brasileiro do Feirense, considera "uma época vitoriosa".
"Posso dizer com certeza que sim. Desde que cheguei, procurei conquistar o meu espaço e vencer a desconfiança de todos que não me conheciam mas a custo de muito trabalho e dedicação. Futebol é minha vida e meu trabalho, e procuro sempre executar o melhor e com excelência para que o sucesso seja uma consequência. Então acredito que foi uma época vitoriosa e espero que seja somente o início de outras
conquistas. Graças a Deus."
Na próxima época, ao que tudo indica será um dos jogadores que irão fazer parte do plantel da equipa nortenha. Sobre a competir na primeira liga, Thiago considera um "sonho" estar entre os melhores.
"Acredito no princípio do contentamento mas sem acomodação. Então jogar 1a Liga é um sonho sim, principalmente para minha família que me acompanha desde pequeno, amigos, será uma satisfação e orgulho para eles me assistirem a jogar no maior escalão do futebol português. Mas gosto de encarar novos e grandiosos desafios, e tenho ambições pessoais a conquistar. Quem não sonha, não vive. E quem vive,
deve realizar o máximo dos seus sonhos enquanto lhe é possível. E o meu, é estar entre os melhores, sempre."
 Esta temporada, o brasileiro de 24 anos, foi umas das agradáveis surpresas do campeonato, já que era um ilustre desconhecido para a maioria dos portugueses. Há pergunta, se pode vir a surpreender ainda mais no futebol português, a reposta é afirmativa.
"Espero bem que sim. Jogar a 2a Liga do futebol português requer algumas virtudes que outras ligas não tem tanto em evidência, como o futebol direto e volume de jogo acelerado, e eu procurei me adaptar a esse estilo de jogo para o bem da minha equipe abrindo mão de outras qualidades que carrego comigo. Jogar a 1ª Liga acredito que vai me permitir executar outras qualidades futebolísticas e quem sabe surpreender mais uma vez os portugueses."
 Na próxima temporada, o Feirense marcará presença entre os grandes do futebol nacional, tendo já assegurado a continuidade do técnico Quim Machado.

Vit. Guimarães 2-6 FC Porto | Opinião


Jogo espectacular, emotivo, com erros, jogadas bonitas e sobretudo muitos golos... De uma final para outra o  que mudou? apenas o adversário....

Tive a curiosidade de ouvir e ler alguns comentários e treinadores, comentadores e "especialistas" sobre este jogo enquanto uma final atípica em Portugal. A opinião para grande parte é mesma: a audácia do Guimarães em jogar olhos nos olhos com o Porto foi levada em demasia.

Para mim errado.... esteve mais perto o Guimarães de vencer o Porto, que o Braga, isto comparando estilos de jogos opostos em situações semelhantes, adversário o Porto e numa final.
Neste jogo o Guimarães conseguiu aquilo que poucas equipas conseguiram contra o Porto: profundidade, posse de bola no meio campo adversário e aproveitamento do espaço entre linhas, normalmente bem anulado pela equipa azul e branca. Foram várias as vezes que os extremos vitorianos surgiram com espaço nas costas dos laterais, o problema foi a distância, para a baliza, a que o conseguiram.

No Porto, vários jogadores estiveram uns furos abaixo das suas capacidades. A dupla de centrais esteve muito "tremida" e penso ser um risco que o Porto correu ao juntar demasiado as linhas, proporcionando uma pressão rápida ao adversário. O lado esquerdo esteve igualmente desinspirado a nível defensivo, sendo ultrapassados em vários lances pelos jogadores vitorianos. Targino ganhou várias vezes as costas de Álvaro Pereira e James Rodriguez/Hulk, deixaram sempre o lateral direito subir à vontade.
A vantagem do Porto é a eficácia dos remates... 9 remates à baliza resultaram em 6 golos. Mais uma vez impressionante.

Apesar de tudo o que foi dito atrás, sou da opinião que o jogo foi decidido nas balizas. De um lado Beto, que defendeu o penalty (momento crucial) e seguramente deu a vitória logo aí. Do outro Nilson, com culpas em várias situações.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Liga Europa: Uma final à portuguesa


No final do jogo, André Villas Boas disse estar um pouco triste pelo espectáculo e que o jogo "não representava o que é o futebol português". Ora, é evidente que o jogo foi mau, mas acho que isto é o futebol português na maioria dos estádios, durante o campeonato - a melhor equipa tenta atacar, a outra tenta defender.

Em relação ao jogo, o Braga entrou com um bloco curto, com pressão no seu meio-campo defensivo, tentando depois com 2/3 homens chegar à baliza do porto em ataque rápido. O Porto foi uma equipa que entrou em campo, sabendo de antemão e de forma geral o que o Braga iria fazer em campo e optando por dar profundidade à equipa, com a inclusão dos laterais em situações ofensivas.
Durante o primeiro tempo, pouco há a dizer, até porque o jogo foi mau demais e tão fechado que quase não houve espaço para situações de perigo. Excepção para a arrancada de Hulk pela direita que tira Silvio e Paulo César do caminho e remata ao lado. O golo surge no final da primeira parte, num erro de Rodriguez, ao perder uma bola a meio campo que desequilibrou a defensiva bracarense e Falcão a não perdoar na única vez que esteve sem marcação.
No segundo tempo o jogo foi diferente, fruto da necessidade do Braga de procurar novas formas de chegar ao golo. A equipa minhota entrou com uma pressão estratégica sobre o corredor central do porto (centrais e médio defensivo) e que por pouco não deu frutos por Mossoró. Ainda assim as oportunidades foram raras e nem com uma atitude mais arrojada do Braga, o Porto conseguiu criar mais perigo.
No final, ganhou quem marcou. Fiquei um pouco desiludido com a final, pois não era este futebol que pretendia ver demonstrado aos olhos europeus, mas por outro lado satisfeito pelo destino de mais um troféu europeu.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Campomaiorense "morreu na praia"


O histórico Campomaiorense falhou a subida à III divisão nacional, por 1 ponto e no último jogo do campeonato, quando necessitava de uma vitória para fazer a festa.
A luta titânica pelo título foi com o Elvas, clube campeão e que nunca perdeu com o rival campomaiorense, saldando-se o histórico de confrontos por 3 empates e 1 vitória para a formação de Elvas.
O 'Fintar a bola' falou com Filipe Pacau, avançado do Campomaiorense que revelou a desilusão pelo objectivo falhado, "não foi nada do que nós idealizamos,mas como somos fortes iremos ultrapassar essa adversidade e vamos tentar já na próxima época."
Em relação ao adversário, Filipe revela que "eles [Elvas] foram mais felizes": "eles foram felizes, aproveitaram alguns deslizes nossos, são uma equipa madura, a media de idades deles não foge muito dos 30 anos e nós temos uma equipa jovem com imenso talento. Há que felicitar o adversário."
A nível pessoal, o jovem avançado, lamenta a falta de oportunidades, mas destaca ainda assim os oito golos apontados no decorrer do campeonato. " Os jogos que fiz correram bem, ainda fiz 8 golos. Se calhar poderia ter tido mais oportunidades, mas pronto, o mister é que manda."
Por fim, questionado sobre a sua continuidade em Campo Maior, a resposta é positiva. "Se depender de mim e do mister obviamente que sim".
Findado o sonho, resta ao Campomaiorense preparar a nova época, com vista ao regresso a campeonatos nacionais.

Sporting acaba a liga como deveria ter começado


Esta semana o ponto de interesse do futebol nacional foi o Braga x Sporting, não porque o 3º lugar fosse algum titulo de grande importância, mas essencialmente para percebermos, até que ponto o Sporting ainda conseguiria mostrar o seu verdadeiro futebol. E foi isso que aconteceu...

Na minha visão, esta vitória leonina não passou tanto pelo demérito do Braga, mas sim pelo grande mérito e entrega que o Sporting demonstrou, principalmente com um inicio de jogo avassalador.

A pressão a todo o campo e com a ajuda dos médios na pressão ao portador da bola, levou a muitos erros forçados por parte dos jogadores do Braga.
No caso, Zapater e André Santos foram peças chaves que "mataram" o jogo do Braga nas linhas laterais, não proporcionando contra-ataques rápidos ao adversário, nem um jogo aberto demais e com imenso espaço.
Nas situações de jogo pela zona central, as ordens eram para não deixar virar o avançado, com Carriço a ser o central de marcação e que tinha a responsabilidade de "encostar" no avançado bracarense, obrigando a jogar para trás.

No Braga o destaque negativo vai para o meio campo mais defensivo, formado por Hugo Viana e Vandinho. O primeiro esteve numa tarde não, falhando muitos passes e não apoiando em situação defensiva como seria necessário, enquanto Vandinho teve de correr muito, até porque teve pela frente um Matias extremamente móvel e que desposicionou e desequilibrou a formação bracarense. Positivamente, Leandro Salino e Kaka, como as duas peças que menos erraram e que contribuíram para um resultado pela margem mínima.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Liga Europa: Jogos em casa a fazer diferença


Como não poderia deixar de ser, a vitória do Braga é o grande destaque destas meias-finais em que só deu Portugal.
Em contraste, o Benfica em acentuada queda em termos exibicional, fracassando em todos os momentos em que se exigia experiência e tranquilidade.
Neste encontro, o Braga fez aquilo que se espera e que é "lema" da equipa de Domingos: esperar, dar o jogo ao adversário e depois sair para o atacante sempre apoiado. Quem teve a oportunidade de ver o jogo rapidamente se apercebe que as oportunidades do Braga são criadas em bolas paradas ou em remates à entrada da área e não por situações avançado/guarda-redes.
-É preciso dizer que o mérito do Braga e em muito devido à apatia e falta de jogo dos encarnados, ou melhor dizendo, o meio campo minhoto foi a base desta vitória. Custódio esteve em grande, a defender como habitual, mas a atacar como não é hábito e fruto do péssimo jogo de Carlos Martins, que para além de não organizar o que quer que seja, não foi um jogador com disponibilidade defensiva.
- O lance de golo é facilmente explicável e o mérito vai em grande parte para a forma como a bola é batida. Todos sabem que o Benfica defende as bolas paradas à zona e nesse esquema a parte mais "frágil" é o segundo poste e as entradas dos jogadores vindos de trás (lembram-se de Bruno Alves? marcação individual para evitar essa situação). Uma bola tensa a meia altura, quando passa o primeiro poste e consequentemente Javi Garcia é meio caminho para o perigo, e foi isso que aconteceu.
- Meyong um mau jogo? A nível de participação no jogo sim, mas teve um papel muito importante. Conseguiu levar, quase sempre, os dois centrais com ele e assim permitir a mossoró e hugo viana superioridade no meio campo, sobre Javi Garcia.

Resumidamente, o Braga foi a equipa mais madura no conjunto da eliminatória e provou que é melhor atacar pouco e com qualidade( segurança e simplicidade de processos) do que em quantidade.
O Benfica foi uma equipa, arrisco a dizer, sem uma jogada com principio, meio e fim. Optou grande parte do tempo por uma jogo vertical e sem apoios, esperando que os homens mais avançados resolvessem o jogo. Catalogar a exibição de Martins é falar em inexistência de um Benfica em posse de bola, facilmente visível nas saídas para o ataque.
A Jesus, apenas há a criticar a intransigência em algumas opções, enumerando:
1- Insistência em jogadores, em baixo de forma e que comprometem a equipa de jogo a jogo.
2- Falta de confiança para alterar o esquema da equipa, sabendo que o meio campo estava em clara perda.
3- Má avaliação do jogo do adversário. Neste ponto, Domingos deu-se ao luxo de fazer entrar Kaka, sabendo perfeitamente que Kardec seria o próximo a entrar. Futurologia? Não, antes previsibilidade de Jesus.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Champions | Barcelona e Manchester em reedição de final


Barcelona 1-1 Real Madrid
Em Camp Nou, a noite foi mais de nervos e intensidade, do que propriamente um jogo taco a taco entre os dois "tubarões" espanhóis na competição.
Na sequência impressionante de jogos entre catalães e madrilenos, este foi sem dúvida o encontro em que o Barcelona teve mais espaço e mais situações para construir jogo, também devido à obrigação do Real de ir atrás do prejuízo da primeira mão.
Por outro lado, a ideia de jogo de Mourinho foi muito bem anulada por Guardiola ao antecipar aquilo que o Real iria fazer na partida. Deixo, aqui, algumas notas:
-Puyol à esquerda é a forma que o Barça encontrou para prevenir as entradas de Ronaldo, sobretudo nos cruzamentos de Dí Maria, onde o português realiza sempre boas diagonais vindas de trás, ganhando sempre vantagem no jogo aéreo com o lateral (tal como aconteceu na taça do rei).
-Para além disso, o anular de Kaka no primeiro tempo, foi algo que se evidenciou na manobra do real. Isso foi bastante notório, em situação ofensiva, quando os laterias flectiam para o meio, não havia linha de passe na zona central, devido ao posicionamento do Barcelona. A opção foi quase sempre o lance individual, ou então um passe atrasado para a re-construção do jogo.
-Ambos os golos surgiram em situações de desorganização defensiva e rápidas transições.
-Passagem justa do Barcelona, no conjunto da eliminatória, e parece que com as exibições nesta meia-final a Bota de Ouro em 2011 estará entregue a Messi.


Machester 4-1 Schalke
Old Trafford, foi palco de umas das meias-finais mais desinteressantes, que me lembro, nestes últimos anos. Um "united" em ritmo de treino e com imensas mexidas no onze. Mesmo assim, a superioridade inglesa foi notória e nunca a eliminatória esteve em dúvida.
O Schalke foi e é uma equipa limitada para esta fase da competição. Os erros e o modelo de jogo, fazem-me lembrar o Benfica desta época, em diversos aspectos. As perdas de bola em zonas baixas de construção, transições com perdas em passe curto e utilização sistemática dos laterais no jogo ofensivo é algo familiar aos mais atentos do futebol encarnado. Jurado é um jogador acima da média da equipa, que na companhia de Raul podem resolver jogos. O problema reside no primeiro passe, que sendo errado, deixa fora do lance os avançados e o organizador de jogo (Jurado).
Tudo isto para dizer que o Manchester nunca necessitou de muito esforço para construir o resultado. Bastou aproveitar os erros e espaços dados pelo Schalke e ter sobretudo uma segurança no passe. Aliás, essa é a principal diferença no futebol praticado e nada melhor que um Barcelona - Manchester United, privilegiando a posse de bola.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

II divisao: os playoffs da desilusão


Findo o campeonato, campeões apurados, mas nada mais que isso.... Subida de divisão ainda ninguém poderá gritar, pois haverá um campeão que na próxima época estará no mesmo escalão. União da Madeira, Padroense e Atlético são os protagonistas de mais uma playoff, que levará duas equipas ao futebol profissional. Para os madeirenses é o segundo ano consecutivo que disputam a promoção, ou melhor dizendo, é pelo segundo ano consecutivo que se sagram campeões da série norte da segunda divisão.
O que seria normal, era a subida automática do campeão de série à divisão acima, mas nesta divisão isso não acontece, sendo a única liga, em Portugal, em que ser campeão não representa motivo de festa. O que se dirá a uma equipa como o União da Madeira, se esta época não conseguir a subida? Ser bi-campeão, com mais de 10 pontos de avanço sobre o segundo classificado, em ambos os anos, não será motivo por si só de mérito?
Enfim, quem quer que seja o clube não promovido, o certo é que este modelo de competição tem de ser urgentemente revisto, pois não beneficia em nada a verdade desportivo e acaba por retirar mérito à época de um clube campeão.
Funchal, Matosinhos e Lisboa... três cidades dos três clubes à procura do "sonho" profissional.