sexta-feira, 29 de abril de 2011

Uma final (europeia) portuguesa para inglês ver


Será mais uma promoção, ou não, do futebol português, para todo o mundo ver e "saborear" um provável clássico na final da Liga Europa. Falarei em primeiro lugar do Benfica-Braga, pois foi o encontro que acompanhei em directo.

- Para nós(portugueses) foi mais um jogo, normal, para o que tem sido o futebol destas duas equipas ao longo da temporada, mas tive a curiosidade de verificar a opinião dos estrangeiros ao ver um jogo que bem poderia ser da liga nacional. A primeira coisa em que reparam, é na pouca troca de bola e posse no meio campo de construção de ambas as equipas. Um jogo mais directo e de contra-ataque, muito diferente do que ingleses e espanhóis estão habituados a ver nos seus países.
Ainda assim, as opiniões são unânimes. O jogo no primeiro tempo foi pouco jogado e com muitas perdas de bola e zonas baixas de construção, já no segundo tempo um jogo mais aberto, com golos, mais entretido e com mais futebol e menos perdas de bola.
- Domingos analisou facilmente o que se passou em campo. No primeiro tempo, o Braga a ver jogar e muito retraído, a acusar a meia-final e o peso da final no horizonte. Mas também penso que Domingos não arriscou tudo, ou não deu ordens à equipa para o fazer e isso percebe com a opção de Hélder Barbosa no banco e com a entrada de Kaka, confiando no jogo da "pedreira". Mossoró ainda entrou para tentar dar mais mobilidade ao sector ofensivo, mas muito pouco para chegar a situações de verdadeiro perigo.
- Nota negativa para Jesus, apesar da vitória. É incompreensível a insistência em Roberto que vai comprometendo a equipa em lances perfeitamente escusados. O golo é um exemplo de displicência do guarda-redes encarnado, que se coloca ao segundo poste, sem que esteja qualquer jogador a proteger o poste. Outra situação, é a nova opção de jesus, que no final dos encontros opta por um duplo pivot defensivo, mas que ainda está muito mal entrosado e que praticamente limitam-se a fazer uma ocupação posicional do espaço , fazendo duas linhas de dois homens (2 centrais e 2 pivots), que sinceramente ainda não me convenceu.

Destaques individuais (Braga):

Sílvio: Um "senhor" jogador quer na esquerda, quer na direita. Intensidade, competência tática e bom remate. Beneficiou em ter Carlos Martins por aquela zona e foi um dos melhores no global da equipa.

Salino: Um incansável do meio campo. A jogar na extrema, a trinco, a 10, enfim.. uma mão cheia de funções e a mesma intensidade e rendimento em todas elas. É evidente que na linha perde algum vigor táctica, mas no centro do terreno é sempre um combativo e não dá uma bola por perdida. Um jogador que não jogando se sentirá a falta dele.

Destaques individuais (Benfica):
Aimar: Sem dúvida, o jogador mais neste encontro. Não aguenta 90 minutos? Acho isso uma desculpa, pois quem joga com aquela intensidade, pauta o jogo e faz sprints com a bola nos pés com aquela qualidade, tem de ser titular.

Coentrão: Já alguém imaginou o benfica sem Coentrão? parece que ainda não.... É um jogador a fazer a diferença e com uma capacidade de antecipação e pressão acima da média da equipa.
Uma verdadeira ameaça nos rasgos pelo corredor esquerdo e quando acompanha o ataque causa sempre desorganização na defensiva contrária.


Em relação ao Porto , não me vou adiantar muito, pois apenas vi um resumo alargado do encontro, não dispondo de todos os dados para o fazer.

De realçar a excelente recuperação do Porto e a  capacidade da equipa em conseguir adaptar-se ao jogo do Villareal. É seguramente um resultado que não deixa margens para dúvidas e que permite um jogo tranquilo em Espanha, no próximo jogo.
Nota também para Falcão. É um avançado como poucos, a jogar na área. De cabeça é quase uma eficácia total e com um sentido de oportunidade raro de ver num avançado. 30 milhões parece um valor barato para a equipa que adquirir o passe, que na minha opinião não passará deste mercado de verão.
Ainda assim, dizer que o Porto poderia ter ido para o intervalo a perder por mais de um golo, pois o lado direito do ataque do Villareal foi um verdadeiro quebra cabeças para Álvaro Pereira, que fez um primeiro tempo com muitas falhas. Ainda assim o estilo de jogo do Porto viria a superiorizar-se aos espanhóis, que fizeram aquilo que não se deve fazer diante do Porto: espaços e possibilidades de contra-ataque. E o resultado esta à vista, em 5 remates de Falcão, 4 golos...

terça-feira, 19 de abril de 2011

O clássico a "segunda linha" encarnada

Uma partida, que ao campeonato diz respeito, pouca relevância tinha, mas existem nesta altura objectivos secundários que passam a merecer relevância na motivação dos atletas. No caso do Porto o objectivo de terminar o campeonato sem derrotas é o factor mais que suficiente para jogar sempre em alta rodagem, como se viu neste clássico. No outro lado da barricada, a equipa leonina, continua a redefinir objectivos, pois mesmo o que parece simples acaba por ser complicado. Ineficácia e inconsistência defensiva atiram o Sporting para a Liga Europa.
No que ao jogo diz respeito, apenas queria constatar o seguinte facto, e que parece-me o mais interessante do encontro:


Torsiglieri - 1.90cm
Evaldo - 1.85cm

Polga - 1.84cm
Falcão - 1.77cm

Olhando para estes dados físicos, é incompreensível que o avançado do Porto tenha ganho a maioria dos lances aéreos na e com o Sporting em defesa organizada. Isto revela uma grande falha no ataque á bola e no posicionamento dos defesas. Falcão ganhou confrontos nas costas do defesa, em antecipação e na capacidade de reacção durante todo o encontro, sem que a defensiva do Sporting conseguisse resolver as situações.

As "reservas"

Já me referi a este assunto em posts anteriores, mas vou aprofundar um pouco mais, pois será o a equipa do Benfica que irá jogar até final de época.
É evidente que trocar onze jogadores de um jogo para o outro é um risco enorme, em termos de resultado e dinâmica da equipa, mas é também uma prova de confiança no plantel, se bem que em alguns casos está a servir para criar mais instabilidade e insegurança no atleta.
É interessante ver César Peixoto no meio-campo, sem adaptações, a fazer bons jogos, apenas pecando na intensidade da pressão que não consegue efectuar, mas a provar ser uma boa alternativa para uma zona central mais posicional e menos vertical.
No entanto, o sector mais afectado e com mais perdas em relação ao titulares é indiscutivelmente a defensiva. Sidnei perdeu a titularidade para Jardel e parece que nem em partidas mais acessíveis consegue assumir a liderança do sector recuado encarnado, sendo o jovem Roderick a merecer lugar de destaque no meio dos "grandes"... sem dúvida um futuro titular.
Deixo desde já um alerta para a posição de lateral esquerdo. Com a mais que provável venda de Coentrão, a equipa do Benfica parece destina a investir para a posição, pois Carole ainda está muito "verde" na posição, apesar de o considerar um jovem com valor.

terça-feira, 12 de abril de 2011

Jornada: A rotatividade e a Europa

Comecemos pelos primeiros, ou seja, pela rotatividade de Porto e Benfica. Antes de mais, dizer que não sou a favor deste tipo de rotatividade, pois retira a identidade da equipa e do futebol que estão habituados a jogar. É nestes momentos que se vê a diferença entre o treinar e jogar juntos, que implica quase sempre perdas de pontos a menos que os golos sejam obtidos de bola parada, um dos aspectos em que a diferença é menos evidente.
Este tipo de rotatividade diminui em muito o favoritismo da equipa e faz com que os resultados não esperados, passem a ser normalíssimos. Na minha opinião, deve ser feita uma gestão de plantel, que não interfira com o modelo de jogo da equipa e principalmente com a intensidade de jogo.

Porto e Benfica realizaram alterações no onze e o número de mudanças ditou os resultados obtidos. Nos azuis e brancos, o caso mais notório foi o meio campo com (Souza, Moutinho e Micael). As posições estavam lá, mas as características dos jogadores não são combináveis automaticamente, sendo que Fernando é muito mais posicional que Souza e Micael tem mais propensão para assumir jogo do que Guarin. Ainda assim. com meio campo diferente e com dois laterais mais posicionais o Porto conseguiu vencer.
O Benfica fez a chamada revolução.... É certo que a qualidade dos jogadores encarnados era maior que os da Naval, mas os automatismos e movimentações não estavam incutidas em nenhum sector. Arriscaria a dizer que a equipa de juniores teria uma ligação entre sectores muito mais eficaz, se fosse chamada a jogo. Mesmo asim, o Benfica pode queixar-se de si próprio por não ter aproveitado as oportunidades que dispôs.


A luta europeia continua a animar o campeonato e é para já o motivo de maior interesse. Braga e Sporting parecem querer discutir o terceiro posto, mas prefiro esperar para ver, pois o Sporting venceu, mas terá uma deslocação ao dragão na próxima jornada e uma derrota pesada deixará a moral dos jogadores outra vez no fundo.
Depois, temos a luta do quinto classificado, com Nacional, Guimarães, Paços, Rio Ave e Maritimo a perfilarem-se para uma grande batalha até final para chegar a um lugar europeu. O Rio Ave merece elogios pelo campeonato que tem vindo a realizar nesta segunda volta e de momento é uma das equipas em grande forma. Já agora, uma vénia a João Tomás... merecia mais atenção pelo campeonato que esta a fazer. Selecção? Talvez, pelo menos seria um prémio merecido para quem é o melhor goleador português.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

A Liga Europa sem emoção

É comum falarmos em europa e associarmos a grandes jogos, disputa, garra, equilíbrio e sobretudo emoção, mas este ano, e na Liga Europa, o cenário é de goleada e eliminatórias resolvidas a uma mão. No caso de Portugal, tem sido extremamente produtivo e com excelentes resultados, já sem "tubarões" do futebol europeu e que perspectiva uma possível vitória final.

Penso que todas as equipas portuguesas tiveram resultados normais, ou melhor, não surpreendentes, perante adversários que tinham algumas lacunas defensivas. O PSV, já o tinha dito, não é equipa para preocupar, pois as deficiências deficiências e falta de recursos ou movimentações ofensivas dão grande vantagem ao Benfica que basta fazer uma pressão alta e desequilibrar com os laterais que a organização defensiva fica para trás. Foram alguns os golos, mas as oportunidades desperdiçadas levam a acreditar que a equipa do Benfica estava com uma ânsia do golo e em mostrar ao público o que tinha perdido frente ao Porto. Pressão, intensidade e desequilíbrios laterais foram as linhas da vitória encarnada.

O Porto não foi uma equipa que enche-se o olho no futebol bonito, mas foi essencialmente eficaz. Falcão é um avançado de excelência, mas não homem de área. É sobretudo um jogador de aparecer no espaço e sempre de trás para frente, olhando sempre o defesa pelas costas e ganhando vantagem nas antecipações. O resultado foi "gordo" muito por culpa desses movimentos, para que os centrais russos não estavam preparados. A defensiva do Porto não foi eficaz como é normal, mas do outro lado a falta de apoio aos dois da frente possibilitava esses "luxos". De resto, Moutinho foi patrão do meio campo e Varela foi quase sempre um extremo esclarecido... marcou um grande golo.

O Braga, não vi na integra, mas foi bom resultado em terreno alheio. A consistência que os arsenalistas vem demonstrando em casa é um boa porta para as meias-finais e os ucranianos estão perfeitamente ao alcance da formação portuguesa. Domingos optou exactamente por um sistema de mais contenção e menos criatividade e espelho disso foi o meio campo que teve sempre uma predominância de jogadores com características mais defensivas.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Entrevista a Gilberto Silva

O entrevistado de hoje do blog 'Fintar a Bola' é Gilberto Silva, ex- jogador do Boavista, internacional pelas selecções jovens, titular no Bessa de Jaime Pacheco e Rui Bento e um polivalente que apesar de ser médio foi quase sempre sacrificado para actuar a defesa. Tudo isto parece ter sido esquecido e Gilberto, neste momento, é um jogador desempregado... e com vida difícil para encontrar uma equipa onde possa relançar a sua carreira.

Percurso:
98/99 a 99/00 - Os Sandinenses
00/01 a 05/06 – Boavista
06/07 – Penalva do Castelo
07/08 a 08/09 – Boavista
09/10 a 10/11 - Ermis Aradippou




Fintar a Bola (FB): Quando se fala em Boavista, clube, o que representa para si esse símbolo?

Gilberto Silva (GS): Para a mim representa muito, pois foi ai que cresci, onde fiz praticamente a minha formação todo onde estive dois anos nos ("Os Sandineneses"),e foi no Boavista que me tornei homem e onde concretizei o sonho de ser profissional e jogar ao mais alto a nível em Portugal.

FB: Foi lá que cresceu, aprendeu a jogar futebol e foi também no Bessa que foi chamado pela primeira vez a um jogo sénior e na primeira liga, salvo erro diante do Moreirense. Foi o concretizar de um objectivo e uma motivação ainda maior para trabalhar?

GS: A primeira vez que fui convocado foi contra a Académica, mas fiquei 19º ou seja fiquei de fora, mas pelo que me disse o mister Jaime Pacheco, porque no dia seguinte tinha jogo pelo juniores que tambem era com a academica e precisavamos de ganhar para passar a fase final de juniores... Mas primeira vez que me sentei no banco isso sim foi com o Moreirense, e foi sem duvida o concretizar de sonho e uma enorme motivação para chegar onde realmente queria, que poder ajudar em campo com o meu trabalho e dedicação que tenho pelo Boavista..

FB: Na época seguinte, foi para Penalva do Castelo, onde foi um dos titulares indiscutiveis da formação local, realizando um campeonato extremamente regular que lhe valeu o regresso ao Boavista. Foi uma boa época a nível pessoal?

GS: Sim foi tanto a nivel pessoal e colectivo, pois conseguimos atinguir os objectivos propostos pelo clube, e tenho muito a agradecer a essa instituição pois fui recebidos e ajudado por todos os meus colegas de profissão, mas principalmente pelos amigos que foram todos excepcionais para mim e me ajudaram a crescer como jogador, mas a minha regularidade e fiz praticamente todos os jogos faltando só os três primeiros jogos..

FB: Pela mão de Jaime Pacheco foi lançado na época de 2007/2008, não na sua posição de origem, mas a defesa direito da formação boavisteira. Apesar da posição, realizou 16 jogos a titular. Foi uma excelente rampa de lançamento. Concorda?

GS: Concordo plenamente, na altura o plantel ainda não estava completo e isso me deu a oportunidade apesar de não ser na minha posição de eleição, e onde gosto e me sinto mais a vontade jogar, conhecia a posição e o mister soube tirar partido disso e eu também claro e finalmente concretizar o meu grande sonho, apesar de praticamente jogar toda a época a defesa direito o mister também me deu a oportunidade de jogar a médio.

FB: Azar dos azares, é nesse ano que o Boavista se vê relegado de divisão, pela FPF, por alegada corrupção desportiva. Mesmo na II liga, Gilberto continuou de xadrez ao peito e cimentou a titularidade, mas continuando a defesa. Acha que este caso, ocorreu na pior altura para um jogador como o Gilberto?

GS: Todos sabemos das dificuldades que estávamos atravessar, todas as indefinições que haviam e principalmente o grupo que ainda não estava definido, faltavam reforços e isso foi um dos motivos pela qual eu continuei a defesa e neste caso a defesa esquerdo que era uma posição totalmente desconhecida para mim, mas pela equipa e principalmente pelo clube sacrifiquei-me sendo uma situação de recurso que foi para toda a época, e ai assim penso que foi um erro para mim porque fiquei muito longe daquilo que valho e do meu valor e penso que as pessoas não foram capazes de avaliar essas situações e muitas vezes fui contestado por isso e o meu valor foi posto em causa..

FB: O Clube nessa época não resistiu a mais uma descida e com isso à saida de muitos jogador, entre eles o Gilberto. Sentiu que era hora de lutar por novas experiências?

GS: Senti que era a altura de partir numa nova aventura, pois como referi anteriormente o meu valore profissionalismo foram postos em causa, e em Portugal aposta-se mais noutros países e desperdiçam-se muitos valor por isso mesmo, e lá fora somos vistos de maneira diferente..

FB: A equipa de destino foi o Ermis Aradippou (Chipre). Porquê este clube e este país? Falta de propostas nacionais?

GS: O clube era segunda vez que estava na 1ª divisão, sendo que a primeira eles tiveram uma prestação muito fraca e desceram, então queriam fazer história e ficar manter na 1ªdivisão e assim foi o que sucedeu, e também porque a proposta era boa e muito tentadora e por isso optei, e sabendo também que iria contar com muitos jogadores portugueses e também por na altura foi a melhor proposta que recebi, e ate há data não tinha recebido nenhuma proposta nacional.

FB: Este ano o atleta vimaranense saiu a meio da época do Chipre, para regressar a Portugal. Mas de forma incrível, não houveram propostas até ao momento. Correcto?

GS: Sim correcto. Tente e entreguei o meu currículo em vários clubes mas nunca tive a sorte de ser chamado, ate que tive a oportunidade de treinar a experiencia no Freamunde, onde encontrei um grupo fantástico e disposto a acolher-me nesta fase, mas devido acertas leis não permitiram que fosse inscrito, e ai só tenho que agradecer ao Freamunde e tudo pelo que fez para eu ser inscrito.


FB: A procura por um novo clube tem sido constante, mas até agora não houve acordo com nenhum clube, também por causa de questões contratuais para atletas amadores. Explique-nos, as implicações ou desvantagens que teria, em assinar um contrato não profissional...

GS: Vou tentar explicar por aquilo que me transmitiram e que disseram é que se nesta altura, se assinasse um contracto amador, teria de cumprir um ano inteiro como tal. e isso iria impedir na próxima epoca ser inscrito como profissional onde quer que fosse.

FB: O que pensa, um internacional português, que aos 23 anos se vê nesta situação?

GS: Não é fácil passar por toda esta situação e é muito complicado, onde por momentos pomos muita coisa em causa, mas nunca o meu valor pois sei que vou voltar ainda mais forte e vou triunfar de novo, e provar que estou vivo..Todos os dias tento encontrar a motivação necessária para continuar a procura de alguém que acredite e volte a apostar em mim...

FB: Actualmente, e para manter a forma, tem estado a treinar com o plantel do Caçadores das Taipas (Guimarães), mas apenas como forma de estar bem fisicamente ou com perspectivas em ser integrado no plantel, já que o mercado da III divisão abriu por estas semanas?

GS: Estou a manter a forma, pois tentei noutros sítios mas não me deram essa oportunidade, sim e nesta fase ate ponderava ser inscrito nessa divisão pois era uma forma de jogar apesar de não ser aquilo que quero, mas iria me ajudar principalmente a não estar parado e também aproveito para agradecer ao Taipas porque fui recebido muito bem, ate onde encontrei amigos que não via há muito anos e fiz em outros que posso contar, e eles também me motivam para não desistir e dão me vontade de querer mais..

FB: Neste momento, o principal objectivo, para além de regressar o mais rápido possivel à competição será mostrar que não “morreu” para ao futebol. E isso também um factor de motivação do dia-a-dia?

GS: Como lhe disse esse é o meu grande objectivo, pelo qual luto todos os dias, mostrar o meu valor e querer prova-lo, pois a muitas pessoas que duvidam mas eu vou voltar aparecer e mostrar que estavam enganadas a meu respeito..

FB: Olhando um pouco para trás, tinha feita algo de diferente no seu percurso de futebolista, se tivesse a oportunidade de corrigir?

GS: É assim, mudava em tentar jogar na minha posição de origem onde penso render mais e me sinto mais há vontade, penso que isso mudava pois podia ter me ajudado mais.


Perguntas rápidas:

Defesa ou Trinco/Médio defensivo?
Médio

Qual o melhor momento da sua carreira?
Boavista 1ªliga

Última internacionalização:
Portugal 3-0 Malta Sub-21 em vila do conde 

Ídolo:
Zidane

Superstição:
Antes de entrar em campo benzo-me sempre

Treinador por quem gostaria de ser orientado:
José Mourinho

Chegar ao “topo” seria:
O Melhor

Por fim, pedia-lhe que elege-se o seu onze formado por companheiros de equipa (actuais e/ou antigos):
Guarda redes- Carlos
Defesa Direito-Nelson
Defesa Central- Bruno Pinheiro
Defesa Central- Hélder Rosário
Defesa Esquerdo- Mário Silva
Médio- Bruno Gama
Médio-Gilberto Silva(Eu)
Médio- João Vieira Pinto
Avançado- Hugo Almeida
Avançado- Nani
Avançado- João Tomás



Vídeo com alguns momentos do jogador:

terça-feira, 5 de abril de 2011

O clássico do novo campeão nacional


Não vou entrar em grandes palavras acerca do campeão, pois era uma certeza à alguns meses e a regularidade da equipa portista não deixou margens para dúvida, nem deu oportunidade para grandes esperanças. Ainda assim festejar o titulo a cinco jornadas do fim não é nada de novo para o nosso campeonato, infelizmente...

Iria focar as atenções no clássico de domingo e na vitória do Porto. Categórica? Nem tanto, como nos 5-0, mas não deixou de ser a vitória da melhor equipa. No meu ponto de vista, o principal factor de distingue os dois "grandes" é a organização. Posicionamento, ocupação de espaço e pressão são leis indispensáveis para os jogadores portistas. Ainda assim gostaria de realçar alguns aspectos do jogo:

- Em primeiro lugar, a surpresa no onze do benfica (Jara no lugar de Cardozo). Essa alteração, não previsivel, deixou os centrais portistas nos primeiros minutos indecisos. Com dois jogadores móveis no benfica, nos primeiros minutos os centrais portistas optaram por fazer uma marcação mais posicional. Após indicações, passaram a matar contra-ataques do benfica logo a meio campo. Nomeadamente, Rolando a Jara que várias vezes matou o contra-ataque com faltas.

- Moutinho, foi um homem sobretudo de transição e de pressão. É fácil de constatar que em situação defensiva o médio do Porto nunca entrava na sua àrea, ficando com as responsabilidades da transição e/ou do primeiro apoio ao extremo.

- Foi igualmente interessante verificar a pressão à defensiva do Benfica. Como era de esperar Falcão pressionou quase sempre Sidnei, pois é o central mais duro de rins e com menos aceleração, enquanto Luisão "levava" com Moutinho. O meio campo era deixado num 2x2 entre Fernando e Guarin, para Javi e Aimar, o que nunca preocupou Villas Boas.

- Por fim, as segundas bolas. É incansável a entre ajuda entre os jogadores portistas e que motivaram que quase nunca o benfica conseguisse jogadas individuais ou tabelas simples. Para além disso a segurança na perda de bola. O porto foi quem mais perdeu a bola, mas nada que se tenho notado devido aos constantes apoios.