segunda-feira, 28 de março de 2011

Eleições Sporting: Sócios não foram em "extravagâncias"


Em Alvalade, as eleições foram renhidas, e vitória de velha guarda leonina em oposição à nova geração, que é como quem diz, Godinho Lopes e Bruno de Carvalho respectivamente.
Pode ser frustrante, concordo plenamente, o facto da Lista C ter sido votada em mais de 1500 sócios e nas contas finais ser derrotado com uma diferença de sensivelmente 300 votos (tal como a imagem em cima o explica).
Não haverá revoluções, limpezas de balneário ou qualquer tipo de "tsunami" nas hostes leoninas e veremos se  será por ai que os resultados desportivos voltarão a bom porto.
Uma coisa parece certa: enquanto as eleições são e serão assunto do dia em Alvalade a equipa do Sporting vai arriscando-se a perder o terceiro lugar... nada que preocupe os sócios, ou melhor dizendo, os candidatos.

As diferenças

O que salta à vista, logo em primeiro plano, é o fundo para investimento e o plano financeiro. 50 milhões para investimentos contra os 15, da lista vencedora, foram certamente motivo de muitos votos favoráveis e contra.
Enquanto Bruno de Carvalho, colocou a estabilizada e o rigor financeiro como um dos "slogans" de campanha, Godinho Lopes, preferiu um discurso sempre mais reservado optando por metas reais ou mais facilmente atingíveis e sem prometer revoluções a este nível. Recorde-se que ainda à relativamente poucos anos, o agora eleito de Alvalade, esteve na estrutura leonina e melhor que outros, saberá qual a situação do clube, optando por um cenário mais simples.
No lado desportivo, e no que há equipa sénior diz respeito, os candidatos seguem linhas idênticas em assuntos como a formação e investimento no plantel. E claro, o comum a todos, o objectivo: ser campeão. Difícil a curto prazo diria eu.
Mas se Godinho tem um homem forte para o futebol, Carlos Freitas, Bruno de Carvalho foi sempre um candidato apostado em que o presidente e vice-presidente fossem parte activa no ao que diz respeito a prospecção e contratação. Uma equipa B, criação de departamento de scouting e potenciar jovens da academia eram trunfos da Lista A.

Ilações

Pessoalmente, penso que ganhou a lista mais equilibrada e que talvez mais garantias desportivas dará. É sempre difícil, para não dizer impossível, estar a catalogar uma lista como certa ou correcta, pois promessas não são obrigações. Apenas discurso de campanha e "show-off" para cativar votos.
É evidente que a prioridade do Sporting será sempre equilibrar contas, mas não contraindo empréstimos mas sim potenciando jovens para abater o défice do clube, avultado mas que não pareceu preocupar nenhum dos candidatos.
Ideal ou não? Não me atrevo a dizer, mas seguramente os sócios jogarão pelo seguro.
Olhando para a realidade futebolística do país, para a situação sócio-económica e realidade das últimas décadas, o Sporting, numa visão pessoal terá de ser um clube essencialmente de matriz jovem (academia) e que num espaço curto de anos consiga com uma "mescla" de jovens e experiência, em algumas aquisições, ser campeão. De outra forma penso que é o afundar da equipa financeiramente....

quarta-feira, 23 de março de 2011

Jovens Promessas | Entrevista a Henrique Martins

O escolhido de hoje da rubrica 'Jovens Promessas' é Henrique Martins, jogador do Vila Real, que recentemente se sagrou campeão da Divisão de Honra da AF Vila Real e consequentemente subida à III divisão nacional. Henrique é um extremo veloz e muito tecnicista, formado nas escolas do Amarante e que tem sido aposta regular no 'bila', apesar da forte concorrência que tem na equipa. Aos 20 anos, o jogador revela que gostaria de um dia representar a cidade que o viu crescer para o futebol , o Amarante. O blog 'Fintar a Bola' falou com Henrique sobre a sua carreira....
Percurso:
99/00 a 06/07 - Amarante
07/08 a 08/09 - Vizela
09/10 e 10/11 – Vila Real


Fintar a Bola (FB): O clube da terra, Amarante, foi o começo para o futebol. Lembras-te do primeiro dia? Conta-nos um pouco….


Henrique Martins (HM): Recordo-me vagamente, tinha os meus 10 anos e fui apresentado a’ equipa em pleno campo de treinos, era escolinha 2º ano. Foi um ano muito bom, a todos os níveis, tanto que fomos campeões distritais com alguma distinção em relação as outras equipas do campeonato.
Começava assim uma paixão : o Futebol.

FB: Os escalões de formação do Amarante, erão e continuam a ser, seguidos de perto por olheiros do Porto e Boavista, onde de resto se encontram vários ex- companheiros teus. Alguma vez te convidaram para ires à experiência?


HM: Sim, sem duvida que o Amarante foi e será sempre um clube alvo para os grandes de Portugal pois tem jogadores com qualidades suficientes para integrar planteis de formação de clubes como o Porto e Boavista.
Sempre tive o sonho de puder evoluir mais num clube como o Porto, como qualquer outro miúdo nessa idade tem, mas nunca surgiu essa oportunidade e isso nunca me tirou a alegria de vestir a camisola do Amarante e não sou mais nem menos jogador por isso, sinto-me orgulhoso pelo percurso que tive ate então.

FB: No escalão de juniores, surgiu a oportunidade de ir para o Vizela. Como aconteceu essa mudança e porque?

HM: Era Juvenil 2º ano e acabei a época a jogar regularmente pelos juniores do Amarante e as pessoas que me acompanharam durante algum tempo aconselharam-me a tentar procurar uma equipa que me pudesse dar, nos meus 2 últimos anos de formação , a oportunidade de jogar ao mais alto nível que é o nacional de juniores. E assim foi, optei por ir treinar ao Vizela pelas condições que me podia oferecer, tinha um campo sintético, até então tinha feito todo o meu percurso em campo pelado, estava no nacional de Juniores e os seniores militavão naquela altura na Liga Vitalis o que era também mais uma  motivação extra.
Numa primeira impressão nunca pensei puder vir a fazer parte do plantel, o Vizela é um clube onde costumam integrar jogadores dispensados do Guimarães, Braga principalmente e como era o meu 1º ano de juniores na minha cabeça tornou-se difícil. Mas fui superando todos os treinos e acabei por ser um dos escolhidos para integrar o plantel e foi ai que vi que estava ao nível de jogadores com a escola do Guimarães e Braga.
Foi uma experiência que me enriqueceu muito como jogador e como pessoa.


FB: O nacional de juniores é extremamente competitivo. Sentiste a diferença de “andamento” do Amarante para o Vizela? Qual foi a maior dificuldade?

HM: Não existe qualquer comparação possível de um campeonato para outro mas eu apesar de nunca ter competido a este nível estava mentalizado para a qualidade que iria encontrar, a dificuldade não foi quase nenhuma, era um futebol muito mais “educado”, era um futebol mais jogado , mais pensado e não tão físico como o distrital.
Aconselho a todos os jogadores que queiram evoluir mais, não há melhor que puder disputar um campeonato nacional de que escalão for.

FB: Depois de 2 anos em Vizela, chegou a hora de conciliar os estudos e o futebol e por isso, estando a estudar na UTAD, decidiste jogar no Vila Real. Foi quase que uma escolha obrigatória para conciliar com os estudos?

HM: Não foi bem assim, eu quando concorri para a UTAD já era jogador do SC Vila Real. Mas como se costuma dizer juntei o útil ao agradável. Esta a ser muito gratificante para mim puder estudar e continuar a jogar futebol num grande clube como é o SC Vila Real.

FB: No primeiro ano como sénior, quase que conseguia uma subida de divisão aos nacionais.
Foi revoltante ficar à porta do título? Sentes que o ‘bila’ tinha equipa para lá estar?


HM: Foi uma grande desilusão para todo o grupo de trabalho a nível desportivo não puder festejar a subida aos nacionais, trabalhamos arduamente durante o ano inteiro com um único objectivo na cabeça e acabamos por “morrer na praia”. Falando da qualidade deste grupo, é muito acima da media, não é por fazer parte deste plantel, mas todo o grupo tem demasiada qualidade para estar a disputar a Divisão de Honra.

FB: Jogar ao lado de jogadores com Schuster ou Miguel Ângelo é um privilégio ou uma responsabilidade? São como uns bons ‘mestres’?
HM: É muito gratificante jogar ao lado do Schuster e Miguel Ângelo, mas todos os jogadores mais “velhos” da equipa tem uma historia no mundo futebol e aprendi e continuo a aprender com cada elemento do grupo. Acho que não podia ter encontrado melhor balneário como o do SC Vila real para começar o futebol sénior.
Representar os seniores do Amarante faz parte dos desejos futuros? Porquê?
Mentiria se disse-se que não, cresci a treinar, a jogar e a acompanhar o Amarante desde pequeno mas também digo que não vivo obcecado com isso, de longe.
Tenho um gosto especial pelo clube onde comecei e isso é muito normal.

FB: Um golo. Na tua opinião, qual o teu melhor golo enquanto jogador? Porquê?

HM: O golo que mais gozo me deu fazer foi o ano passado, jogo para a Taça da AFVR frente ao Santa Marta, entrei no decorrer da segunda parte e fomos para o prolongamento empatados 1-1 e conseguimos o golo do empate já nos descontos. O golo aconteceu num lance individual pela direita e da esquina da área e com o meu pior pé fiz um golo que ainda hoje não sei como lhe dei tão bem com o pé esquerdo.

FB: Este ano consumou o teu primeiro titulo em seniores e consequente subida aos nacionais. Qual foi sensação?

HM: Em primeiro de tudo é impossível descrever a envolvencia em torno deste jogo, desde adesão dos adeptos ao ambiente que se criou no estádio. Nunca tinha participado numa festa assim como esta, e só quem viveu momentos como este é que pode afirmar o quanto é bom!
Era um jogo muito importante para nós e não queríamos desiludir a massa associativa e o objectivo ficou bem claro desde inicio.
Mostramos o porque de sermos a equipa mas forte e mais equilibrada do campeonato e sem problemas acabamos por fazer a festa , que estava já à algum tempo prometida.

FB: Para o ano III divisão e uma montra desportiva com maior dimensão. Quais os objectivos?

HM: Ainda nos faltam 5 jogos para o final do campeonato e ainda temos objectivos a atingir, no final da época certamente nos darão a conhecer qual o projecto para a próxima época.

FB: Consegue eleger um onze formado por companheiros de equipa? (actuais e passados)
GR - Cabreca (Vila Real)
DD - Bessa (Vila Real)
DC - Fredy e Mika ( Vila Real)
DE - Peixoto (Vila Real)
MC - Norberto, André Lisboa e Schuster (Vila Real)
Extremo - André Azevedo (Vila Real)
Extremo - Henrique (eu)
PL- Moura (Vila Real)

Perguntas rápidas:

Clube: FC Porto
Ídolo: Ricardo Quaresma
Superstição: Entrar com o pé direito no campo
Treinador por quem gostaria de ser orientado: André Vilas-Boas

terça-feira, 22 de março de 2011

O campeonato à espera do campeão

Já escasseiam palavras para o futuro campeão. É tal o desnível entre as equipas da liga que o Porto atreveu-se a dar 45 minutos de vantagem à Académica, fazendo após o descanso um jogo em que até poderia ter goleado. Guarin anda com pé "quente", mas convém não embandeirar, pois o rendimento dele é tem sido equivalente ao que era. É sim, um jogador muito mais confiante e que utiliza agora de um melhor forma o seu físico e bom remate.

Em Alvalade o desperdício continua... é surpreendente como uma equipa não consegue materializar em golo um tão largo numero de oportunidades que dispôs. A exibição não foi bom, nem pouco mais ou menos, mas pelo que fez, o Sporting merecia ter vencido. Postiga tem sido um dos jogadores mais lutadores e em melhor evidencia, mas atendendo à posição que ocupa em campo, não poderemos dizer que tenha ajudado a equipa. O avançado vive de golos e Postiga não marca para o campeonato desde 12 de Fevereiro, altura em que o Sporting acentuou a crise e mais importante, altura da saída de Liedson... esse sim um verdadeiro goleador.

Nota também para a goleada do Benfica e sobretudo para o regresso de Saviola e Aimar aos bons jogos. Jardel, esteve também em bom plano, sendo a par de Luisão um dos jogadores com maior recuperação de bolas. O resultado é justo, mas após a expulsão de Cohene era previsível que o resultado se dilatasse. Um Paços de Ferreia muito jovem e que não conseguiu reagir à primeira adversidade, mas ainda assim, não colocou o "autocarro" à frente da baliza, coisa que grande parte das equipas têm feito.

Para finalizar, uma palavra para a distância entre primeiro e terceiro classificado da liga. 30 pontos é qualquer coisa de inadmissível, agravado pelo facto de esse terceiro posicionado ser o Sporting, um clube que se diz querer lutar pelo titulo. O mais importante, nesta altura, é certamente olhar para quem vem atrás, mas vendo o primeiro lugar a trinta pontos não pode ser nunca uma época razoável.

sexta-feira, 18 de março de 2011

Jornada Europeia: o rescaldo e a antevisão

Primeiro de tudo, parabéns às equipas portuguesas presentes em competição, pela passagem, pelo futebol adulto e sobretudo por continuar a orgulhar o país e com toda a legitimidade para sonhar com a final de Dublin.

Neste ronda europeia, a segurança das vitórias da primeira mão foi factor decisivo para os apuramentos, porque em qualquer um dos três casos, as equipas não tinha necessidade de assumir o jogo e consequentemente riscos adicionais e podiam esperar pela desorganização adversária. E claro.... a pontinha sorte que é necessária para as grandes equipas.

O Braga foi quem surpreendeu aos olhos do mundo, mas quem viu os dois jogos não fica surpreendido em nada. O Liverpool é uma equipa de segunda linha e sem a qualidade técnica de outras épocas, apesar do rigor táctico e a qualidade do futebol estar presente. O Braga jogou na expectativa e com uma irrepressível organização defensiva.

O Porto e Benfica, apenas cumpriram o esperado que seria a passagem à próxima fase. No caso do Porto, tranquilamente e mais importante ainda, no ritmo desejado pelo Porto, que pautou sempre o jogo. No Parque dos Príncipes, o Benfica empatou, mas ainda soou na parte final sobretudo quando deixou de ter meio campo de pressão, motivado pelo fantasma de há dois anos que ainda pairava na cabeça de Jesus, a quando da sua eliminação pelo Braga com o golo de Hoarau.

Sorteio: Prespectivas



Neste altura, os sorteios pouco simpáticos podem ser fruto do avançado patamar da competição. Ainda assim, penso que é possível a colocação de três equipas nas meias-finais.

A missão mais complicada, penso ser a do FC Porto que defrontará o Spartak, uma equipa á semelhança do CSKA, que gosta de jogar em contra-ataque e com grande aberturas para as costas da defesa, sempre no limite do fora-dejogo, tal como vimos nestes quartos de final com outra equipa russa.

Braga e Dinamo de Kiev, são duas equipas muito semelhantes em termos de possibilidades. O Dínamo é essencialmente uma equipa que prima pela forte organização defensiva, onde coloca uma aglomerado de jogadores na zona central, tornando difícil os desequilíbrios em zona de finalização. Ofensivamente é recorrente ver futebol em ataque aberto e com cruzamentos para a àrea, onde ainda factura Shevchenko.

Os Holandeses parecem-me claramente os mais acessíveis dos adversários. Não tenho uma conhecimento alargado da equipa mas pela exibição contra o Rangers é uma equipa que tem dificuldades em criar situações de perigo e em fazer golos.

terça-feira, 15 de março de 2011

Liga dos Campeões: O pragmatismo italiano (Bayern 2-3 Inter)

Allianz Arena de Munique palco de um dos melhores jogos da Liga dos Campeões, que assisti este época, num jogo que marcava igualmente a reedição da final da competição da época transacta.
Este jogo, para além de um grande espectáculo e emotivo até ao final, é um exemplo perfeito dos momentos chave durante uma partida e também do pragmatismo das equipas italianas, neste caso o Inter, que já começa a ser recorrente neste tipo de actuações.

Os golos em contexto de jogo....

Ainda antes de qualquer leitura táctica, é importante dizer que o Inter entrou praticamente com a eliminatória empatada, aos 4 minutos, e no único remate que fez na direcção dos postes durante o primeiro tempo. Talvez sorte, talvez não, com ajuda de Pedro Proença é certo, mas apenas o facto de estar empatada a eliminatória retira por si só a obrigação de assumir o jogo.
E foi isso que os italianos fizeram. Entregaram rédeas de jogo ao adversários, partindo sempre em contra-ataque quando recuperavam a bola, e em certos momentos levaram banho de bola, terminando a primeira parte a perder por 2-1, já de si lisonjeiro.
No segundo tempo a postura apostaram ainda mais nas transições rápidas com Coutinho a entrar para abrir bem o ataque do Inter. Os golos da vitória acabariam por surgir na última meia hora, mas sempre sem dominio territorial do jogo, mas com Eto'o que na frente soube sempre esperar pela chegada da segunda linha de jogadores.
Há quem fale em felicidade de golos, eu diria que foi uma grande controlo emocional e inteligência nos vários momentos da partida, esperando pelos erros adversários.

Ijusta a vitória?

Talvez, pelo que o Bayern jogou, criou e desperdiçou, talvez seja um resultado inglório no final do jogo, mas nem sempre o futebol bonito e entusiasta supera o pragmatismo de quem entra à espera do momento certo para marcar.
O Bayern foi melhor equipa no cômputo geral, mas a espaços o volume atacante dos alemães traduziu-se em oportunidades para que o Inter pudesse marcar, coisa que os italianos não pensaram duas vezes.
Para mim, fica pela caminho uma das favoritas à vitória na competição, e um equipa prima pelo futebol ofensivo e atractivo que tem conquistado muitos adeptos na Alemanha, mas que só si não chegou para à próxima fase.

Destaques individuais



Cambiasso: Um poço de energia.. É o jogador que equilibra a equipa, faz as compensações, mas é também quem organiza segundas vagas de ataque e quase sempre o primeiro a dar linha de apoio.

Eto'o: Um dos melhores avançados da actualidade. Dos pés dele sairam as melhores jogadas de perigo. Inteligente a segurar a bola, jogando sempre na linha de fora-de-jogo, mas desmarcando-se constantemente para dar linhas de passe aos companheiros.


Muller: Foi avançado, nº10 e médio... Na verdade o jogador que mais me surpreendeu. Foi  uma presença constante na àrea, fazendo as tabelas com os médios e aproveitando as suas opotunidades, mas também foi sempre um dos primeiros na pressão ao portador da bola. Em poucas palavras: jogou 90 minutos, correu 11,85 Km e marcou 1 golo... definitivamante não merecia perder.

segunda-feira, 14 de março de 2011

A luta europeia que vai animando o campeonato...



Com o campeonato decido na frente da classificação, agora as atenções viram-se para a "segunda linha" das equipas portuguesas, que neste momento lutam por um lugar nas competições europeias da próxima temporada.
Parece-me que há quatro clubes para três lugares na Europa, Sporting, Guimarães, Braga e Nacional. O Sporting é claramente o clube que leva maior vantagem, mas também é a equipa que mais obrigações tem de estar onde está, quer pela qualidade do plantel quer pelo orçamento, que comparativamente com os restantes clubes a lutarem pelo objectivo não tem comparação.
 

A irregularidade de resultados

É a nota principal para estas equipas que lutam pela internacionalização.

Recorrentemente, as equipas vacilam perante adversários menos cotados e em posições baixas da tabela, colocando assim sempre um ponto de interrogação em cada jornada sobre quem sobe ou desce na classificação.
Se olharmos para os resultados, facilmente percebemos essa insegurança de vitórias, onde apenas o Braga conseguiu vencer o seu último jogo(2-1 ao Benfica), de entre as quatro equipas que enumerei anteriormente.
Isto revela também um equilíbrio nas equipas da liga, mas ainda insuficiente para equilibrar com os dois da frente onde existe um fosso enorme.

Em posição complicada...

Em primeiro lugar, o Paços de Ferreira, que apesar de estar presente nos lugares de acesso à competição não poderá disputar a competição, por não ter efectuado a inscrição nas provas europeias.
O Leiria é uma equipa que ainda está perfeitamente a tempo de se chegar aos lugares de qualificação, mas tal parece-me muito improvável. A equipa leiriense da primeira volta já não é a mesma, muito por culpa das saídas de Silas e Carlão, este último a referência de área que a formação demora a encontrar novamente. Só para terem uma noção, a equipa de Pedro Caixinha não marca mais de um golo por jogo neste novo ano.
Daqui para baixo, será muito difícil a qualquer equipa chegar a este curto pelotão de equipas atendendo à diferença pontual e á irregularidade de resultados. Apesar disso, o Rio Ave está agora a acordar para uma boa reta final de campeonato.

sexta-feira, 11 de março de 2011

Benfica: Sidnei vs David Luiz


É por estes dias, no universo benfiquista, a questão que está na ordem do dia, para os mais atentos e que olham com sentido critico para o que mudou com a saída de David Luiz, para o Chelsea.
A solução, lógica, após a saída do "Macarrão", como é conhecido no Brasil, foi a colocação de Sidnei, que até então era a terceira opção para o centro da defensiva. 
Recentemente e contra adversários mais poderosos, tem sido colocados a "nu" as dificuldades de Sidnei em alguns aspectos tácticos e sobretudo na coordenação entre o próprio e Luisão.

Capacidade de Reacção

É neste aspecto que penso estar a grande perda, comparativamente ao anterior titular da defesa, notando-se que em futebol ao primeiro toque e com rápidas diagonais, Sidnei tem imensas dificuldades em acompanhar o adversário.
Tem sido recorrente ver Luisão a fazer dobras a Sidnei, principalmente quando o adversário vai em velocidade e com a bola no pé. Geralmente e sempre que é ultrapassado na primeira bola, quando é obrigado a sair ao adversário ainda longe da baliza, o brasileiro não tem capacidade para recuperar, nem para o médio mais avançado. Se repararem, é por diversas vezes Coentrão ou Javi Garcia que aparecem na posição do segundo central.

Desequilíbrios ofensivos

Uma das armas de David Luiz era, sem sombra de duvidas, a capacidade de recuperar bolas e sair com a bola no pé, fazendo por diversas vezes a transição defesa/ataque.
O trabalho de Jesus, parece-me a mim, tem incidido muito neste aspecto no novo dono da central defensiva. Jesus tem procurado fazer com que Sidnei seja uma alternativa a saídas de jogo organizado. Em alguns encontros, as equipas adversárias fazem uma pressão sobre o homem "6", neste caso, Javi Garcia e essa será uma alternativa. Contudo, parece-me que ainda há muito trabalho pela frente, pois o brasileiro está longe de ser tecnicamente um jogador semelhante ao seu antecessor e também longe da capacidade de passe e remate de David Luiz.

Alternativas à posição

Apesar de tudo o que referi anteriormente, Sidnei é o central melhor preparado em todos os aspectos para a posição que ocupa. Os outros concorrentes à posição (Jardel e Roderick), não estão, ainda, no ponto certo para uma aposta a titular nas várias provas.
Por fim, penso que futuramente Roderick possa vir a ser um excelente central, o chamado "patrão", e é ou seria uma opção que gostaria de ver no onze a curto prazo.